sábado, 25 de janeiro de 2014

Mudança: de quarto e de vida! Como eu voltei a amar a Alemanha :)



Meu novo quarto :DD

Semana passada eu me mudei aqui em Bremen. E muita gente tem me perguntado o que tava acontecendo e etc. Então vamos lá. Vou explicar tintin por tintin com todos os detalhes o que aconteceu nesse semestre e porque eu postei tantos textos melancólicos e nostálgicos. 

Ps.: Aviso de antemão: estou ótimo, muito bem mesmo! E quem quiser vir pra Bremen, pode falar comigo que tem lugar na minha casinha :) 

Como eu achei o meu primeiro quarto

Achar um lugar pra morar estando ainda em outro continente é uma tarefa meio complicada. Ciente disso, a minha universidade – Hochschule Bremen – tem um site que facilita a vida dos intercambistas: into-rooms. Esse site ofertas vários quartos cadastrados por pessoas de confiança – teoricamente, o pessoal do international office conhece todos os landlords e landladys (como chamam aqui as pessoas que vão te hospedar). Existiam duas categorias de quarto: host family e shared flat. Obviamente eu descartei todas as host families e procurei por um lugar em que eu pudesse morar só com estudantes. Escolhi um quarto que pelas fotos parecia bom e o preço era o mais barato: 250 euros. Entrei em contato com a pessoa responsável por email. Ela pediu metade da caução antes de eu viajar – ou seja, pra transferir o dinheiro pro banco dela, na Alemanha, meus pais gastaram quase o dobro do valor só de impostos – e mandou o contrato por correio pra eu poder assinar.

O flat supostamente seria dividido com outra estudante (que depois descobri ser uma espanhola) – cada uma no seu quarto – e os donos morariam no andar de cima (um casal de aposentados alemães). Eles disseram que, ocasionalmente, eles passariam pelo nosso flat pra poder usar o porão. Achei que não tinha problema.

Eles me buscaram no aeroporto e a filha do casal – que fez toda a intermediação antes – nos levou pra conhecer a cidade no dia seguinte. O flat de fato, era muito bom, o quarto era enorme e o banheiro também. Toda a mobília era nova e tudo parecia perfeito.

Eles chegaram até a me dar presente de aniversário e
a fazer um bolo!
No começo, os senhorios eram supersimpáticos e legais. Chegaram a dar uma festa para nos apresentar aos vizinhos e a me dar chocolate quente quando estava frio. Mas depois os problemas começaram a aparecer. Eles se tornaram rudes comigo e começaram a me tratar muito mal. Eu acordava naquela casa já sabendo que eu não era bem-vinda; acordava sabendo que estavam doidos pra que eu fosse embora. Eu evitava sair do quarto enquanto houvesse barulho do lado de fora e acho que acabei entrando em depressão de verdade. Eu chorava praticamente todo dia, tinha ódio da Alemanha e queria desesperadamente voltar pro Brasil. Cheguei inclusive a procurar passagem. Sempre que meus amigos me chamavam pra sair, eu dava uma desculpa e ficava no meu quarto assistindo algum filme e comendo. Eu comecei a ter uns surtos alimentares muito malucos e acabei engordando 8kg. Agora eu vejo como eu tava mal antes.


Episódios
Esses episódios foram os principais acontecimentos (e também os que eu me lembro, porque foram tantas coisas que aconteceram que é difícil relatar tudo). Foi como uma bola de neve. Só fez crescer e crescer.
Além de tudo relatado abaixo, os donos da casa ficavam circulando pelo flat a cada 5 minutos, xeretando tudo – inclusive o meu quarto, que eu comecei a trancar no final porque tinha certeza que eles entravam lá.

Episódio nº 1: Depois de um mês, mais ou menos, a mulher apareceu (a filha do casal) dizendo que precisava tratar conosco questões de higiene (??) [e era assim: eles deixavam recadinhos com data e hora marcada na cozinha]. Então ela sentou com a gente com uma caneta e uma prancheta na mão e começou a fazer uma tabela ridícula e a nos tratar como se fôssemos crianças. Além disso, o flat estava limpo e eu fiquei sem entender o que ela queria dizer com aquilo. Depois eu descobri que eles são paranoicos e obcecados com limpeza. Outra coisa que aconteceu nesse dia: a mulher disse que me alugaria uma das bicicletas dela e que ia falar comigo assim que eu chegasse de uma viagem. Eu esperei, esperei, esperei... mandei um email perguntando sobre a bicicleta e ela me ignorou. Nesse dia, quando ela já estava indo embora e eu perguntei de novo, a resposta que eu obtive foi :“Sinceramente, Ursula, eu não confio em você pra alugar minha bicicleta porque a vejo a situação em que o flat está”. Fiquei meio chocada. Gente, do jeito que ela falava parecia que a gente tava morando num ninho de rato, numa pocilga, ou qualquer coisa imunda que seja! Mas eu olhava pros lados e não sabia nem o que limpar porque tava tudo limpo! :O
Depois desse dia, ela desapareceu. Ela parecia realmente irritada e eu nunca mais a vi.

Episódio 2: Depois do que aconteceu, eu já comecei a me sentir desconfortável na casa. Então pra melhorar um pouquinho isso, comprei uns pôsteres, imprimi umas fotos e troquei minha cama de posição no quarto. Não deu dois dias e o velho apareceu pra reclamar. Ele mandou tirar os pôsteres porque ia manchar a parede e colocar a cama de volta na mesma posição. Quando eu perguntei o porquê, a resposta sem pé nem cabeça dele foi: “porque num hotel você não pode fazer isso”. Oi?
Ele ainda reclamou que eu sempre deixava meu laptop na mesa da cozinha – a wifi nunca funcionava direito no meu quarto e mesmo assim eu nunca tinha reclamado disso. Ele disse que se alguém (vulgo: minha única room mate) quisesse usar a mesa, ela estava TODA ocupada. Detalhe: a mesa tem 4 lugares. Eu ocupava só um. Minha room mate nunca reclamou.
 Ps.: ele reclamou praticamente gritando comigo. Gritando. Sim. Eles não sabem conversar.

Episódio 3: Estávamos esperando um furacão passar por Bremen e eu tinha acabado de comprar minha bicicleta. Tipo, tinha comprado no dia anterior. Na primeira noite, deixei ela amarrada no poste, na rua, porque não queria ter que falar com meus landlords. Mas no segundo dia, ia ter esse danado desse furacão e eu não queria que minha bicicleta saísse voando por aí. Aí acordei bem cedo e guardei ela numa casinha de bicicletas que tem no jardim da casa. Não deu 5 minutos (JURO, 5 MINUTOS) e a velha (dessa vez foi a velha) começou a bater na porta do meu quarto GRITANDO em ALEMÃO (porque ela não fala inglês). Ela tava completamente transtornada e dizia pra eu tirar a bicicleta de lá imediatamente porque aquele lugar era dela e só dela e que eu me virasse pra achar outro canto. Eu ainda tentei explicar morrendo de raiva e com meu alemão capenga que quando eu cheguei aqui, nas primeiras semanas, o marido dela me disse que assim que eu comprasse uma bicicleta, eu podia guarda-la lá. Não deu em nada. No fim, escondi minha bicicleta dentro do quarto mesmo.

Episódio 4: No último mês em que eu estive lá, o velho pediu pra transferir o dinheiro pra conta dele. Quando eu fui tentar pela internet, não consegui. Então tirei o dinheiro e disse a ele que ia deixar em cima da mesa porque precisava trabalhar. Nesses dias eu tava trabalhando muito e praticamente não parava em casa. E eu não queria mais confusão atrasando o aluguel. Quando voltei, ele tinha respondido dizendo que ia estar em casa de tal a tal hora e que eu fosse lá entregar (ou seja, subir as escadas) – só que eu não ia estar porque estava trabalhando. E disse que ia deixar o dinheiro lá, ainda em cima da mesa ou que se ele preferisse, eu podia transferir durante a semana. Depois de quase dois dias tentando entregar o dinheiro, o cara pegou e mandou um email grosseiro dizendo que na Alemanha não se fazia isso. Me diz, o que custava ele descer e pegar a porra do dinheiro?

Episódio 5: Nos últimos dias em que estive na casa, a mulher – a filha do casal que tinha desaparecido após o episódio 1 – me mandou um email dizendo pra eu devolver um casaco dela. Oi? Que casaco, minha filha?
Foi o seguinte: logo quando chegamos em Bremen, ela me emprestou uns 3 casacos dela porque eu não tinha nenhum. Depois que eu comprei o meu, devolvi o que ela tinha me emprestado e os outros dois que ficavam no cabideiro sumiram na mesma época. Então pensei que ela tinha levado todos embora. Quando perguntei à minha room mate se ela sabia de uma coisa, sim, ela sabia. Ela tinha pego o maldito casaco.
Avisei então à mulher que estava com a room mate e que ela devia ver isso com ela. Então ela me respondeu super grossa dizendo que tinha emprestado o casaco a mim e que eu que deveria devolver. Como eu ia adivinhar que a menina tinha pego?

A gota d’água: Eu já tinha avisado aos landlords que eu estava procurando outro lugar pra morar – expliquei isso bem educadamente, disse que as coisas não estavam funcionando, que eu não estava me adaptando e que ainda assim agradecia por tudo que eles tinham feito por mim. A resposta da mulher foi “É, acho que vai ser o melhor para todos nós. Você pode ficar até 1 de fevereiro, mas nós gostaríamos que você saísse antes”. Curta e grossa. Então me fizeram assinar um acordo em que eu dizia que sairia até 1 de fevereiro.

Então, certo dia de dezembro, quando eu estava saindo pra trabalhar mais uma vez (eu tava exausta dos outros dias, não tinha conseguido dormir de noite e ainda tava atrasada), o velho chegou e disse que eu TINHA que dizer a ele a DATA EXATA de quando eu ia deixar a casa. Eu respondi que ainda não tinha achado outro canto. Ele disse que era problema meu e que eu tinha que sair até 20 de janeiro. Fiquei puta. Disse que ele tinha me feito assinar um contrato em que dizia que eu podia ficar até dia 1 de fevereiro. Ele disse que ia fazer outro contrato.

Saí transtornada pra trabalhar. Cansaço e raiva não funcionam bem juntos. Depois de duas horas trabalhando, vendo aquelas mulheres malucas jogarem todas as roupas no chão pra eu apanhar, os clientes perguntando mil coisas em alemão (e eu sem entender nada), não aguentei. Me tranquei no banheiro e comecei a chorar compulsivamente. Eu não sabia mais o que fazer. Eu não queria mais ficar naquela casa. Não dava mais pra mim.

Aí o pessoal do Brasil tentou me ajudar. A Isabelle e o Fernando ofereceram a casa deles pra eu ficar. Corri pra casa e empacotei todas as minhas coisas em uma hora e no dia seguinte o Steffen (meu amigo alemão) me ajudou na mudança. Quando eu já estava saindo, o velho apareceu e disse que queria o número da minha conta e o meu novo endereço pra ele mandar as cartas que lá chegassem. Eu disse que mandava por email. Ele concordou. 5 minutos depois, ele mudou de ideia e começou a gritar “VOCÊ VAI ME DAR AGORA, EU QUERO AGORA”. Depois ele ainda começou a dar esporro em alemão no Steffen – que não tinha nada a ver com a história - e eu morri de vergonha. No final, o velho ainda começou a gritar “IT’S OVER, IT’S OVER”. Avaliem a situação.


Meu novo quarto

Dos três meses em que eu morei naquela casa, dois eu passei procurando outro quarto. Pedi ajuda à cooperação internacional, mandei cerca de 100 emails pra ofertas de quartos diferentes (nesse site: http://www.wg-gesucht.de/), visitei 10 quartos e quase fui morar com 4 paquistaneses. A resposta das pessoas era sempre “entramos em contato com você semana que vem, temos mais pessoas pra ver o quarto” ou “sinto muito, encontramos outra pessoa” ou simplesmente não tinha resposta. Até que, no Natal dos brasileiros, em dezembro, eu conheci Renato e Leandro – ambos tinham acabado de se mudar pra cidade e também estavam à procura de um lugar pra morar. Eles me passaram então o contato de um flat que eles tinham visto, mas que era muito pequeno pros dois.

Fui ver o flat – que ficava muito perto da minha casa antiga - e achei o dono muito simpático. O lugar estava todo reformando, meio bagunçado e eu achei meio estranho o banheiro ser do lado de fora. Além disso, eu teria que pagar 275 euros + energia e instalar internet. Disse que dava uma resposta depois.
 Então, no dia em que saí da outra casa, liguei dizendo que queria ficar com o flat. Como ainda estava reformando, eu teria que esperar ainda umas duas semanas.

Voltei da Irlanda direto pro flat e fiquei surpresa quando vi que ele estava lindo! Hahaha com tudo novinho e arrumado (: finalmente eu iria morar sozinha, sem ninguém pra encher meu saco. Era um sonho.  

Social de inauguração com os brasileiros :) Isabelle, Steffen, Rodolfo, Talita (Aline tirou a foto), a Daniela foi embora mais cedo e ficou faltando Leandro e Renato!



cozinha


Inauguração alemã!






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Da água pro vinho: sou outra pessoa

Eu saí do meu antigo quarto no dia do Natal: 24/12. Quando cheguei no quarto da Isabelle, sentei na cama dela e ainda chorei muito. Mas foi a última vez desde então. Algumas pessoas acharam triste eu ter passado minha noite de Natal assistindo Breaking Bad sozinha – mas gente, eu tava muito feliz. O melhor presente de Natal que eu poderia ter ganhado foi ter saído daquele lugar.

A partir daquele momento eu comecei a me sentir outra pessoa. Mais leve, mais feliz. Comecei a ter vontade de andar pela cidade e explorar lugares novos, voltei a sair com meus amigos quase todos os dias e agora me sinto como se estivesse no primeiro mês em que cheguei aqui: apaixonada pela Alemanha. Voltei a reconsiderar meus planos de morar aqui definitivamente quando terminar a faculdade no Brasil. Também voltei a malhar todos os dias e a ter uma alimentação decente – vai ser difícil, mas preciso correr atrás do prejuízo. Desde que eu me mudei é como se alguma coisa tivesse voltado a viver dentro de mim, difícil mesmo explicar, mas eu não sabia que faria tanta diferença.

Romênia, Malta, Turquia, Grécia, Egito, Índia, Holanda e Brasil - não tinha como ser melhor minha segunda social em casa :) 

Eu só não sei como eu vou conseguir voltar pro Brasil sem eles :(

E eu tive sorte, muita sorte de ter achado esse flat e muita sorte de ter os amigos que eu tenho aqui (:

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Irlanda/ Ireland!


This post is all translated to english, but I already apologize for my bad english, I know there are a lot of mistakes. At least, I tried hahaha. 

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Semana passada voltei da Irlanda. Passei 8 dias por lá. Aproveitei que estava homeless e fui viajar (sim, meu ex-land lord praticamente me expulsou da casa dele e eu me mudei de mala e cuia pro quarto de Isabelle – depois eu conto isso aí).

Last week I came back from Ireland. I spent 8 days there. As I was homeless I decided to travel (yes, my ex-land lord almost kicked me out from his house and I moved to Isabelle’s room with all my stuff).

Tava realmente bonito quando eu cheguei em Dublin, mas...
It was really beautiful when I arrived in Dublin, but... 
Saí daqui dia 6 de janeiro e fui direto pra Galway, onde fiquei hospedada na casa de uma amiga da minha mãe – uma alemã que morou lá em casa, no Recife, há um tempo atrás. Ela tem três filhos adoráveis e eu tenho certeza de que se eu passasse mais tempo lá, eu voltaria falando alemão muito melhor ahaha. O marido dela também é ótimo, bem divertido e alegre – porém ele é suíço e o alemão dele é impossível de entender hahaha. É incrível como as crianças conseguem falar duas línguas perfeitamente (inglês e alemão) e o mais legal foram eles me ensinando alemão com a maior paciência do mundo, haha. Fofos.

I left Bremen at 6th January and I went directly from Dublin Airport to Galway, where I was a guest of my mother’s friend – a german woman that lived at my place, in Recife, many years ago. She has 3 lovely kids and I am sure that if I spent more time there, I  would come back speaking german so much better hahaha. Her husband is also great, he is funny and happy – but he is swiss  and it’s impossible to understand his german hahaha. It’s amazing how the children can speak perfectly two languages (English and German) and the nicest part was them patiently teaching me german, haha. Cute. 

Eu tava andando sozinha por Galway quando um velhinho
se aproximou de mim e perguntou se eu não queria que ele tiras-
se uma foto minha. "Vai ser uma ótima lembrança de Galway",
ele disse. Eles são tão legais, omg.

I was just waking around alone when an old man just asked
me if I would like him to take a picture of me. "It will be a
good souvenir from Galway", he told me. They are so nice, omg.
Galway é bem pequena, porém muito MUITO agradável. É o tipo de lugar pra se morar e construir uma família. E só de caminhar junto ao mar já renovou total as minhas energias (porque depois do que eu passei, eu tava precisando, viu?). O centro da cidade tem umas ruazinhas com pubs e lojas, é bem legal. Eu cheguei, no entanto, numa época totalmente não-turística e logo após uma tempestade violenta, como não se via há décadas. Ou seja, tinham muitas coisas que tinha sido destruídas porque o mar avançou cidade a dentro. Bem triste. Mas eu peguei uns dias lindos lá, então tudo bem (: Na verdade, o tempo mudava em questão de segundos, era muito louco. Tava o maior sol e do nada caía uma chuva tensa. E aí aparecia um arco-íris :}} mas na maior parte do tempo fez sol mesmo.

Galway

Galway is really small, but very very enjoyable. It’s the kind of place to live and have a family. And just to walk along the promenade, next to the sea (oh, how I miss it), my energies were totally renovated (and God knows, I needed it). The city center has some small streets with pubs and stores - really cool. I arrived, however, in a completly non touristic time and just after a violent storm. There were a lot of destroyed things because the sea invaded the city. Sad. But when I was there, the days were beautiful , so that’s ok (: Actually, the weather used to change only in a couple of seconds. Really crazy. The sun shined and then, suddenly... a heavy rain.  And then a rainbow appeared :}}

Na sexta-feira, segui para Dublin, fui aproveitar meu fim de semana lá. Fiquei hospedada na casa de Zé e conheci muita gente legal (todos brasileiros). Tentei dar uma caminhada pela cidade, mas o tempo tava horroroso e eu tava muito cansada. E, de noite, resultado: não saí, acabei indo dormir mesmo.
Galway

On Friday, I went to Dublin to enjoy the weekend. I stayed in my friend’s house and I met a lot of nice people (all Brazilians). I tried to walk around the city, but the weather was ugly and I was really tired. And, at night, I didn’t go out – I just slept.

Acho que essa foi a cerveja que eu mais gostei lá. Não gosto
de Guiness.
I think this was the beer I liked most there. I don't like
Guiness.
No dia seguinte, acompanhei o pessoal num passeio em Wicklow – uma cidadezinha a uns 40 minutos de Dublin. Demos muita sorte porque o dia tava um espetáculo. Pegamos um desses ônibus urbanos mesmo – que saía do centro de Dublin e custava só 3 euros. A ideia da excursão era visitar a Powerscourt House (um palácio com um jardim lindo) e ir ver uma cachoeira. Pra chegar no Palácio, foi até tranquila a caminhada, mas pra chegar na cachoeira era MUITO longe. Ou seja: pegamos caronas. Duas caronas pra ir e duas pra voltar de lá, hahaha. Daquelas caronas mesmo, que você estende o braço e espera que alguma alma caridosa pare.

Livraria legal em Galway :) Fiz a festa comprando livros em inglês.
Cool book store in Galway. I bought a lot of books there!
The name is: Charlie Byrnes :) 
On the day after, I followed the people in an adventure (hahaha) in Wicklow – a small city that is only 40 minutes far from Dublin. We were lucky: the weather was amazing! We took an urban bus at the center of Dublin for 3 euros. The idea of the excursion was to visit the  Powerscourt House and to see a waterfall. To walk until the palace was ok, but to reach the waterfall… was too far. Really far. In other words: we took  lifts. Two lifts to go there and two to come back. Yes, those kind of lifts that you rise your arm and wait for a nice person to take you.

Foi bem cansativo, mas valeu muito a pena e eu recomendo demais. O jardim do palácio é incrível e a cachoeira também é linda. Todo o trajeto até lá também vale demais. Confesso que o lugar me lembrou bastante o interior de Minas Gerais.

Cachoeira de Powerscourt, em Wicklow.
Waterfall of Powerscourt, in Wicklow.
It was tiring, but worth it and I totally recommend. The garden of the palace is incredible and the waterfall is beautiful. The way until there is also great. I confess that it reminded me Minas Gerais (Brazil). 

De noite, o plano era ir pra algum clube. Comprei bebida, me arrumei, me maquiei e... desmaiei na cama desse jeito mesmo. Foi triste. Sexta e sábado a noite em Dublin perdidos.

At night, the plan was to go to some club. I bought drinks, dressed up, put some makeup and… slept. Sad. Friday and Saturday in Dublin failed.

Zé e eu no Pygmaleon.
My friend (Zé) and I at the Pygamaleon.
No domingo, pelo menos, acordei disposta e fui ver a cidade. O tempo continuou feio, andei bastante, mas não visitei nenhuma atração (pirangagem). Ainda fui no museu da Guiness – que por sinal é incrível e termina com uma vista maravilhosa da cidade e um pint da cerveja, claro. Depois disso, como eu não aguentava mais me arrastar – não tava mais sentindo meus pés – peguei um táxi e fui encontrar Zé no lugar que ele trabalha (embora ele não estivesse trabalhando): Pygmalion. O pub é beeem legal e eu acabei passando da conta nessa de ficar provando cervejas diferentes. Me lasquei no dia seguinte pra pegar o vôo. Sério, por favor: nunca bebam antes de pegar um avião. Ainda mais se você for fazer isso sozinho. Conclusão: acordei com uma dor de cabeça linda, super cansada, ainda tive que fazer minha mala – que não queria fechar de jeito nenhum (eu trouxe 4 canecas de lá :O) – e não sabia direito como chegar no aeroporto. Eu só lembro de Zé dizendo “desce em Heuston, desce em Heuston”. E foi o que eu fiz. Você desce do Luas (como chamam o tram em Dublin) em Heuston bem na parada do ônibus que leva pro aeroporto. Só que eu, antamente e de ressaca, não me liguei e saí atrás de alguém pra pedir informação. Quase morri atropelada. Quando descobri qual era o ônibus, descobri por conseguinte que demorava uma hora inteirinha pra chegar lá. Não bastasse todo esse aperreio, o motorista do ônibus e um policial me disseram a parada errada e eu desci no terminal anterior. Tava chegando quase na hora de embarcar e eu não achava a porcaria do portão – o aeroporto de Dublin é enorme pra quem tá acostumado a viajar apenas pela Ryan Air. No fim, depois de andar quilômetros, deu tudo certo e ainda sobrou um tempinho pra tomar um iogurte e conhecer dois brasileiros que vieram conhecer Bremen.

Guiness Store House
On Sunday, at least, I woke up feeling good and I went out to see the city. The weather continued bad. I walked a lot, but I didn’t visit any tourist attraction (I didn’t want to spend money). Then I went to the Guiness Store House – it’s amazing there and it ends with a wonderful view of the city and – of course – with a pint! After that, I cound’t crawl anymore (I couldn’t feel my feet) and I took a taxi to meet my friend where he works: a pub called Pygmaleon. The place is really cool and this thing of trying different beers and drinks broke me. On the next day, I was fucked to catch my plane. Seriously, please: never drink before you take a flight. Mainly if you will do this alone. Conclusion: I woke up with a fucking headache, really tired and I still had to pack my things. I didn’t know either how to arrive at the airport – I just remember my friend telling me “drop off in Heuston, drop off in Heuston”. And I did it. When you get off of the Luas (how they call the trams in Dublin), in Heuston, you are already at the bus stop that brings you to the airport. But as I was tired and hangovered I didn’t realize it. Then I walked to find someone and ask for some information. Detail: I almost died hit by a car. Finally, when I figured out how to take the bus (seriously, is really easy, I was being totally stupid haha) I also discovered that it would take an entire hour to reach the airport. As it wasn’t enough, the bus driver and the policeman told me the wrong stop and I dropped off one terminal before. It was almost the time to the take the plane and I couldn’t find the fucking gate – Dublin Airport is huge if you are used to travel only with Ryan Air, haha (normally, the flights arrives in small airports, far away from the cities).  In the end, after walk kilometers, everything went well and I still had time to eat something and met some Brazilian guys who were going to visit Bremen.

Ps.: irlandês é uma língua estranhíssima.
Ps.: Irish is a weird language.

Ps2.: eu fiquei impressionada como os irlandeses são felizes. Sério, eles parecem ser as pessoas mais felizes e simpáticas do mundo. Começam a puxar conversa com você do nada e te cumprimentam como no Brasil: “Hi, how are you?”. Eles fazem jus à fama que têm.
Ps2.: I’m really impressed how the Irish people is so happy. Seriously, they seem to be the happiest and nicest people in the world. They start to talk to you from nothing and they compliment you as we do in Brazil “Hi, how are you?”.  

Ps3.: Dublin é legal, mas acho que eu esperava mais.
Ps3.: Dublin is cool, but I think I was expecting more.

Ps4.: Não, eu não fui nos Cliffs :( preciso voltar.
Ps4.: No, I didn’t go to the Cliffs. I need to come back :(

Ps5.: Aproveitei pra comprar uma reca de livro porque a única coisa que eu consigo ler em alemão é quadrinho (na verdade, nem isso - eu tento).
Ps5: I bought a lot of books there because the only thing I could read in german are comics (actually... neither comics – I just try).

Ps6.: Acho que a vibe da Irlanda é a mesma da Escócia – pubs, música boa, pessoas felizes, chuva. Amei as duas (:
Ps6: I think that ~the vibe~ of Ireland is the same in Scotland – pubs, good music, happy people, rain. Loved they both.

Ps7.: Como a Ryan Air mudou as regras em relação às bagagens, essa foi a primeira vez que eu viajei com a minha câmera <3 (antes as fotos eram todas do meu celular fubeca). Isso explica porque esse post tem tanta foto haha e em breve eu vou postar tudinho no meu Flickr! 
Ps7.: As the Ryan Air changed the rules in regard to the luggages, this was the first time that I travelled with my camera <3 (all the pictures before were taken with my poor mobile). It explains why this post has a lot of pictures haha and soon I'll publish everything on my Flickr!



Fotos da minha câmera (as outras foram todas do celular): 
Pictures from my camera (the others were from my celphone):

Poesia na beira do rio - Galway!
Poetry at the edge of river! - Galway
Tem muito ruivo lá! E em qualquer lugar tem música boa :D
There are a lot of redheads there! And you can find good music everywhere! :D

Shop street - Galway

Galway

Galway

Galway

Galway

Um pub massa que Karoline me levou em Galway. Esqueci o nome agora, mas é muito legal lá, tem um monte de treco
espalhado pelo bar, hahaha.
A great pub that Karoline showed me. I forgot the name now, but is really cool there. There are a lot of stuff scattered through the bar. hahaha

O calçadão, huhuh.
The promenade.

Todo mundo que caminha até o final do calçadão chega aí e dá um chute. Dizem que você vai ter uma vida mais longa??
Everybody that walks until the end of the promenade kicks this wall. They say that you are going to live more?? hahaha

Galway

Arco-íris :}
Rainbow :}

Castelo em ruínas - Galway
Ruined castle - Galway

Vista fraca do apartamento de Zé em Dublin...
Poor view from my friend's apartment in Dublin...

Dublin

Sol nascendo às 9h da madrugada em Dublin.
Sun rising at 9h in Dublin.


Caminho pra o palácio de Powerscourt - Wicklow
Way to Powerscourt Palace - Wicklow

Eu e a Letícia, uma das brasileiras que eu conheci em Dublin :)
Me and Letícia, one of the brazilians that I met in Dublin :)

Parece Minas!
It remembers me Minas Gerais (Brazil).

Jardim de Powerscourt!power
Powerscourt garden!

Palácio de Powerscourt!
Powerscourt Palace!

Eles têm, no jardim, um cemitério pra animais. Achei fofo.
The garden has a little cemetery for animals. I though it was cute.



sábado, 18 de janeiro de 2014

Ano Novo em Berlin


Bom, tem um bom tempo que eu não posto aqui porque eu estive muito ocupada viajando. Foi muita novidade de uma vez e tem um monte de coisa acumulada dos últimos dias. Vou começar pelo ano novo, depois eu faço os outros posts. Não vou fazer retrospectiva nenhuma aqui porque acho que não interessa a ninguém o que mudou em 2013 na minha vida, o que foi ruim, o que foi bom, blábláblá...

Enfim, passei o ano novo em Berlin – era a opção mais barata e também a melhor!

Sobre o transporte: Paguei 50 euros pra ir e voltar de ônibus (pela Meinfernbus – mas eu achei a passagem num site massa chamado busliniensuchen.de,  ele procura os tickets mais baratos, mas você tem que entender o mínimo de alemão pra poder comprar).
Saí de Bremen dia 31 de dezembro, às 7h30 da manhã. Parecia um bom horário até eu descobrir que o sistema de transporte daqui, à noite, é meio falho. O último ônibus noturno a passar (pra chegar na estação central) era às 4h11 e o primeiro tram do dia era por volta das 7h30 (se não me engano). Ou seja... não dormi, né? Peguei o ônibus das 4h11, em vinte minutos cheguei na estação e passei três horas lá esperando (morrendo de frio porque a estação é gelada mesmo dentro). Em 4 horas cheguei em Berlin.

O prédio atrás com a placa vermelha já é o hostel, ou seja, ridiculamente perto
da HBF (estação central)
Sobre o hostel: Fiquei no Meininger Hotel - que é um hostel com cara de hotel. De longe, o melhor que eu já fiquei. Ele é praticamente dentro da estação central de Berlin. Os quartos têm banheiro e poucas camas (fiquei num quarto com 4). O preço foi meio caro pra 3 noites – 80 euros -, mas era ano novo! 70% (chute) do hostel eram brasileiros. E era tanto brasileiro que logo de cara, na hora de fazer o check in, encontrei  Diogo, que estudou comigo, no Recife.

Vista da cobertura do hostel
Sobre o ano novo: A cidade parecia que tava no meio de uma guerra! Uma loucura. As pessoas começaram a soltar fogos às 18h00 e não pararam mais. Parecia São João no Recife, só que mil vezes pior. Tava mesmo perigoso, digo logo. No dia seguinte,  eu vi na televisão uma reportagem com todos os queimados no ano novo. O povo soltava os fogos em cima dos outros, uma confusão. Saí com Talita, Rodolfo e Edvaldo do hostel por volta das 22h30 pra ir ver os fogos (os organizados haha) e virar o ano no Portão de Brandemburgo. Não conseguimos. A polícia tinha bloqueado todas as passagens (o que é muito fácil porque o acesso era feito através de pontes). Desistimos e nos separamos. Eu e Edvaldo decidimos ir logo pra festa que havíamos comprado os ingressos (30 euros, indicação de Gabi): Kulturbrauerei. Demoramos um pouco pra achar o lugar e passamos a virada numa esquina qualquer.

1º de janeiro: Dia Internacional da Ressaca – Dia perdido, claro e obviamente. Já tava previsto isso e portanto não programei nenhum tipo de turistagem. De noite, no entanto, todo mundo já estava meio recuperado (eu disse... meio, um terço talvez) e fomos pra um pub massa (eu, Diogo, Zé, Pedro - todos do Recife - e mais um monte de brasileiro que brotou) – acho que o nome é Rockz. Achamos por acaso, recomendo. Depois de lá não sei de onde tirei energia e fui com os meninos pra boate (Matrix, a mesma que eu fui da vez passada que visitei Berlin). Mas até na festa o povo parecia meio cansado.
Diogo, eu e Pedro na Matrix
Na hora de voltar é que foi a confusão. E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Da vez passada a gente também teve problema pra voltar depois da festa. O transporte de Berlin é simplesmente confuso e falho. Sério. Acabamos tendo que ir um trecho do percurso de táxi porque nenhum ônibus, nenhum tram, nenhum metrô U-bahn S-bahn X-bahn Y-bahn qualquer BAHN passava nem perto da estação central de Berlin. Alou? Gente, é Berlin! É a estação CENTRAL! Ainda não entendo como pode um negócio desses.

2 de janeiro: Tirei o dia pra visitar o Zoológico deBerlin. “Tanta coisa pra ver em Berlin e tu foi pro Zoológico? Wtf?”. Gente, eu amei. Vale a pena e recomendo a todos hahaha. Vi um monte de bicho estranho que nunca tinha visto antes. O zoo é lindo e com poucas grades (os animais ficam, geralmente, separados por valas).  Pra quem for e estiver com pirangagem de comprar o ingresso casado (zoo + aquário = 20 euros), digo logo: o aquário é a melhor parte!

Minha gente, esse é o bicho mais es-
quisito que eu já vi. 
Procurem aí: orangotango da Sumatra.
jardim japonês do Zoo
  



De noite, eu, Diogo e Edvaldo resolvemos fazer um pubcrawl e acabamos nos encontrando, por acaso, com Simone – que também estudou com a gente no colégio! Depois ainda apareceram mais uns três meninos que também eram lá do colégio (o Equipe tá todo na Europa, vei! Dilma financiando geral!). A cidade tava mesmo assim, cheia de brasileiros! De 5 em 5 minutos se ouvia alguém falando português. E a surpresa da noite: sabe onde terminava o pubcrawl? É, na Matrix. De novo. Duas vezes em Berlin, três vezes na mesma balada. Genial.

Talita e Edvaldo se localizando
3 de janeiro: Minha ideia pro último dia era visitar o Museumfür Fotografie (Museu de Fotografia), mas o dia tava TÃO bonito que desisti e acompanhei Talita e Edvaldo numa caminhada pela cidade. Queríamos ir lá na torre de televisão, mas desistimos quando vimos a fila e o preço. Pegamos o ônibus de noite e chegamos em Bremen às 23h.

A danada da torre de tv que a gente queria subir


Enfim, Berlin é linda com ou sem ano novo. É uma cidade incrível (mesmo me deixando frustrada com o transporte), super aberta e com uma vibe diferente de tudo. Meu plano de morar lá continua firme e forte (

Ps.: A festa de ano novo na Alemanha é chamada de Silvester e não de "ano novo".

Berlin linda <3