quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O retorno

Nos meus últimos dias em Bremen estava acontecendo a Breminale - um festival incrível! Nem deu pra aproveitar direito :(

É verdade que eu voltei há mais de dois meses e não contei como foi a minha volta. Não contei como foi a minha readaptação. Não contei sequer como foi a minha viagem com o meu pai. Minha vontade de escrever desde que cheguei simplesmente desapareceu - e daí já dá pra imaginar como está sendo voltar à mesmice de sempre na minha terra querida.

Eis, pois, o relato tardio do meu retorno.

Voltei de Berlin em meados de julho e passei em Bremen mais 4 dias. Foi tempo suficiente pra terminar de resolver tanta burocracia, de apresentar a cidade pro meu pai e arrumar as malas. Ah, as malas... Fomos três vezes ao aeroporto para certificar o peso permitido. Procuramos balanças. Compramos malas novas. E é um fato que se meu pai não tivesse ido, eu não teria tido como trazer todas as minhas coisas. Deixei pra trás todas as minhas roupas de inverno, sapatos, secador de cabelo,
 bicicleta e até um microondas. 
ainda tem mala faltando nessa foto hahaha

Fizemos uma bela faxina - e o dono do flat gostou tanto da organização que pagou a caução toda e mais um pouco! Mais um prova de que o problema na casa antiga não era comigo. 

Agendamos um táxi pro aeroporto e fizemos questão de deixar claro que tínhamos muitas malas. Não adiantou muito. O taxista chegou antes do previsto - eu ainda não estava pronta. Chovia. O motorista era um senhor que mal conseguia se aguentar de pé e o carro, pequeno. Ele ainda reclamou conosco: "vocês deviam ter avisado que tinha muita bagagem". Tsc, organização alemã nessas horas, cadê?

Tentei tirar uma foto do avião de Bremen, mas não prestou muito, hehe
Pegamos o primeiro avião para Munique - um pequeno, da Lufthansa. Como foi estranho não voar mais uma vez de Ryan Air. Tive que conter as lágrimas ao ver Bremen tornando-se minúscula e cada vez mais distante - eu não saberia quando voltaria novamente. Bremen tornou-se a minha cidade do coração. Foi lá que eu nasci de novo. 

De Munique pegamos mais um avião para Lisboa. Não esperamos quase nada. E mais uma vez lá fui eu segurando o choro - não sabia quando voltaria a Alemanha. Eu estava ficando cada vez mais distante. A ficha estava caindo. 
Em Lisboa esperamos um pouco e o bom e velho português já me fazia sentir mais próxima do Brasil. Dentro do aeroporto, pegamos um ônibus que nos deixou na porta de um avião que estava longe, muito longe... Não havia nada nele que sinalizasse que estávamos voando pela TAP. Na velha carcaça do avião havia algo como "Ocean Air" escrito (não lembro ao certo). Lá dentro era simplesmente minúsculo. Apertadíssimo. Tudo parecia velho e os banheiros estavam terrivelmente sujos. Atrasamos uma hora para a partida. Ainda liguei para a minha mãe no Brasil e avisei que ela não se espantasse caso o avião caísse - tendo em vista as condições nas quais ele se encontrava. Ela perguntou se eu estava animada para voltar. "Not at all", respondi. 

Voamos por 7 longas e intermináveis horas. Vi as Ilhas Canárias. A confusão que os brasileiros faziam já me relembrava o que me esperava. As pessoas levantavam e ficavam circulando pelo avião - crianças, velhos, mulheres, todo mundo. Parecia uma feira. Os comissários portugueses pediam gentilmente que todos se sentassem. Mas ninguém dava ouvidos. Eles passaram a ser mais rudes. Mas ninguém dava ouvidos. Até que apagaram as luzes e colocaram um filme. As pessoas enfim se aquietaram. Estava uma verdadeira baderna. Eu não aguentava mais esperar.
Caos pós-retorno

Chegamos no Recife de noite sem maiores problemas. Já no aeroporto comecei a estranhar as coisas. Gente furando fila do passaporte. Fila demorada. Gente barulhenta. Todas as malas chegaram rapidinho. Eu teria um treco se não chegassem. Não reconheci meu irmão quando o avistei no saguão - ele estava completamente mudado e muito mais alto que eu. 

No caminho pra casa, senti como se tivesse parado no tempo. Como se eu só tivesse passado uma semana fora e a Alemanha nunca tivesse realmente acontecido. Como se eu tivesse acordado de um sonho distante. No carro, no caminho, me senti deprimida. Como podia ter tanta pobreza e tantos prédios nessa cidade errada? Meu cachorro sequer ligou pra mim quando cheguei em casa. Sentei na minha cama improvisada no meu quarto recém-reformado e caí no choro. Chorei. Chorei. Chorei. Como foi estranho, meu Deus!


Willkommen zur Breminale 2014 :D

Penúltimo dia em Bremen, Breminale, com Steffen, Fábio e Aline :)

Ao chegar em casa, me deparei com a minha SRD bem mal de saúde :/ os 15 anos dela já pesam.

SOBRE A TAP

Aproveito a oportunidade pra colocar uma notinha sobre o mau serviço da TAP. Viajei pra Alemanha pela Condor e não tive o menor problema. Comprei minha passagem de volta, no entanto, pela TAP - o fato de poder trazer mais malas era atraente. Meu pai, porém, teve problemas na ida pra Londres. Ao chegar no aeroporto do Recife para embarcar, DUAS HORAS ANTES do horário previsto, ele descobriu que o vôo havia sido antecipado e o embarque deveria ser imediato. Ninguém tinha avisado NADA a ele. Ou seja, ele não perdeu o avião por sorte. Chegando em Lisboa, o avião que ele deveria pegar pra Londres atrasou quatro horas - enquanto isso, eu, sem comunicação com ele, aguardava no aeroporto pacientemente. Ele contou que encontrou um conhecido no aeroporto de Lisboa que havia perdido um congresso na China porque o vôo da TAP havia sido cancelado e ele estava retornando pro Brasil puto da vida. Uma amiga minha de Bremen também teve vários problemas pra voltar pra Fortaleza. O vôo dela foi cancelado e atrasado e ela precisou passar uma noite em Lisboa. Recentemente um amigo meu aqui no Recife também teve seu vôo cancelado. A TAP tem pintado e bordado com os clientes e tem sido alvo de críticas em várias reportagens. Então é o seguinte, a dica é essa: se você puder escolher outra companhia, escolha. Foi a pior viagem ever. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Good bye, Bremen.

I would like to write a good bye text and something about the closure of my interchange year. But I simply can not do it.

My father had to go to Bremen to ensure
my return to Brazil.
It is too much sad, it is too much information to me. It's like trying to resume my blog in only one post. But in each post I already resume so much the events, my feelings, my life...

I can only say that I'll be back like another person - as I already said: I was borned again. Maybe it isn't noticeable to others, but it was very significant to me.

From now I carry my friends in my pocket, my learnings in my head and my memories in my chest.

And it must not be the end, but a new a phase in Brazil. Because now I liked it. Now I don't stop it anymore. And this this year out was just the beginning.

06/07/2014


Ps.: I still have some posts to do and I shall update the blog soon (including my return and my adaptation in Brazil)


Ps2.: Actually, I didn't spend one year in Bremen becase I antecipated my return do Brazil in two months.

Ps3.: Probably I will post something here when I miss Bremen.

Adeus, Bremen.

Eu queria conseguir fazer um texto de despedida e encerramento do meu intercâmbio. Mas eu simplesmente não consigo.

Meu pai teve que ir me buscar em
Bremen pra garantir a minha volta! haha
Além de ser muito triste, é informação demais pra minha cabeça. É como tentar resumir meu blog num só texto. Mas a cada texto eu já resumo tanto os meus sentimentos, os acontecimentos, a minha vida.

Eu só posso dizer que voltarei como outra pessoa - como eu já disse: nasci de novo. Talvez não seja perceptível aos demais, mas foi muito significante pra mim.

Carrego a partir de agora meus amigos no bolso, meus aprendizados na cabeça e as lembranças no peito.
E que este não seja apenas o fim, mas sim uma nova fase no Brasil. Porque agora eu tomei gosto. Agora eu não paro mais. E esse ano fora foi só o começo!

06/07/2014


Ps.: Ainda estou devendo uns posts ao blog e devo atualizar em breve (inclusive contando a minha volta e a minha readaptação ao Brasil).

Ps2.: Na verdade, eu não passei um ano porque antecipei minha volta em dois meses.

Ps3.: Provavelmente devo voltar pra postar alguma coisa aqui quando a saudade bater!


terça-feira, 1 de julho de 2014

Goethe Institut's courses

People, I'd like to give a tip for those who intend to come to Bremen not only to study in some university, but also to improve your german skills.

I got very sad that I just found this out at the end of my interchange year, so I hope it helps the next ones.

The Goethe Institut is an international well known institution that promotes the culture and the german language. Here in Bremen it is located at the Universität Bremen and the regular price of a 4 weeks course (5h per day) is 1.040 euros. The price, however, is the half for Hochschule Bremen students (520 euros) and it becomes even cheaper for Uni students (around 150 euros).



I did the B1.2 during the entire month of May and it totally worth it!
If I've known that Uni students had so much discount before I wouldn't choose Hochschule (really!).

I don't know how does it work in another german cities, but I think it is the same.



link: http://www.goethe.de/enindex.htm

Cursos no Goethe Institut

Gente, eu gostaria de dar uma dica pra quem pretende vir pra Bremen não só pra fazer estudar em alguma universidade, mas como também pretende investir no alemão.
Fiquei muito chateada de só ter descoberto isso no final do meu intercâmbio e espero que ajude os próximos que virão.

O Goethe Institut é uma instituição de reconhecimento internacional que promove a cultura e a língua alemã. Aqui em Bremen, ele se localiza dentro da Universität Bremen e o valor regular dos cursos de quatro semanas (intensivo, 5h por dia) é de 1.040 euros. O valor, no entanto, cai pela metade pra alunos da Hochschule (520 euros) e cai ainda mais pra pra alunos da Uni (acho que uns 150 euros).

Eu fiz o curso do B1.2 durante todo o mês de maio e valeu a pena demais! Se eu soubesse desde sempre que alunos da Uni tinham tanto desconto, eu teria escolhido ela ao invés da Hochschule (sério!).

Eu não sei como funciona nas outras cidades da Alemanha, acredito que seja o mesmo esquema, mas fica aí a dica pra quem vai vir pra cá!

link: http://www.goethe.de/enindex.htm




domingo, 29 de junho de 2014

Verlassen

Eu achei que ao chegar aqui a burocracia tinha sido grande. Mal sabia eu que pra sair seria pior ainda. Marinheiro de primeira viagem sempre sofre.
Contratos que têm que ser cancelados três meses antes.
Contratos que só são cancelados por escrito.
Por correio.
Nem adianta tentar resolver em inglês. Vai com o alemão tarzânico mesmo.


E, claro, deixei pra tirar todas as minhas
fotos de turista em Bremen na última semana. 

O seguro de saúde só funciona quando você está matriculado.
A internet só se cancela com uma prova de que você vai embora.
Assina aqui, assina lá. (assinar sem nem entender direito o que tá assinando!).
Preciso de um manual de instruções.

E ainda é preciso fazer faxina.
Receber a caução (se receber).
Tentar resumir toda a sua vida a 64 kg (duas malas).
Deixar coisas pra trás - casacos, amigos, sensações. A arte do desapego.

O que fazer com a comida? E meus pôsteres? Não vão amassar?
E minha coleção de canecas? Não vai quebrar?
Meu deus, como eu ainda pensei em ter um cachorro aqui?

Ah, o celular! Mais uma coisa pra cancelar.
As consultas médicas no Brasil já estão marcadas (#hipocondriafeelings).
Volto pra papelada - cópia disso, cópia daquilo.
Não tenho impressora. Corro pra lan house de novo e mais uma vez. Esqueci o pen drive!

Quem vai querer minha bicicleta? Vendo o microondas?

Lembrancinhas da Alemanha para todos - vou à falência.
Me desculpem, mas os chaveiros estão muito caros - vai ser um chocolate da Ritter mesmo.

A conta do banco: não posso fechar porque espero uma transferência.
E a minha good bye party? Faço uma festa? Será que é a última vez que eu falo com Renato? Já devo me despedir de Cristina?  Mando uma carta pra Gisela? Será que ainda tem algo em aberto?

Quero comprar os livros que não têm no Brasil. Não vão caber na mala.
Quero agradecer a presença de cada um que fez parte da minha vida aqui. Não vai dar tempo.
Quero ir pra Amsterdam. Não tem mais dinheiro!

Ainda tenho mais umas unterschrifts pra distribuir.
Meu vocabulário aumentou drasticamente nos últimos dias: kündigen, Abmeldung, Vertrag, verlassen...

Verlassen. Ich verlasse Deutschland.
É isso. Acabou-se.

Só mais uma semana e tchüss. Não deu nem tempo de ser sentimental.




Ps.: Qual o danado do problema da Alemanha em criar um termo de cancelamento de serviço? Jesus Cristo. Isso não existe! A cada vez que eu tenho que cancelar algo, preciso buscar um modelo de cancelamento no Google, copiar, imprimir e assinar pra finalmente... mandar pelo correio! O que custava a empresa já ter um documento pronto em que você só precisasse assinar na hora que chegasse lá?


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Report after 8 months living in Bremen

the weather is now fucking awesome












  























It's been 8 months since I arrived in Bremen. And today I can finally say: I am adapted!
Of course there are yet a lot of things to learn and places to explore, but finally I feel confortable here, finally I feel that I stablished ties here and I feel happier each day. Finally I can say: yes, I love Bremen!


Unfortunatly, just because I'm adapted, I also don't have much time here anymore. And now my homesickness is reverse. I didn't even return to Brazil and I'm already catching myself looking the things with nostalgia, wondering how dificult would be to return to Recife without have an idea when I'll come back to Germany. 


It's true that, at the beginning, I didn't like here that much and I even tried to move to Hamburg, but nowadays I see Bremen as a city where I would live again in the future. Compared to the other cities I visited in Germany, Bremen really seems to be the ideal - it isn't that big or that small; it isn't neither too empty nor too full of people; it doesn't have a high cost of living; it is great to ride a bike (not all cities are like that); besides of being simply beautiful!

It's true that I really missed Recife and I still dreaming everyday that I'm there (but the dreams are not always good dreams, many times it has kidnappings, assaults, etc.), but now I learned how to control it. Not to mention that my first semester, besides being winter, was terrible! I didn't understand anything well, I felt cold all the time, I was bad treated by a bizarre family, everything was very different!

Nowadays, I know exaclty where to go, how to solve the problems, I already found my favorites places in the city, I already found my friends. I reached the cruising speed, everything seems to be stable and calm.


But that's it - all good things come to an end. Soon I'll initiate the goodbye procedure - auf wiedersehen jägermeister, hallo caipirinhas!



Ps.: My recommendation to whom will do an exchange: stay at least two semesters - it worths ten tousend more than just one.

Ps 2.: Germany is not an easy country, but it's awesome! You just have to be patient. 


Ps 3.: I wont say that it passed fast, but I need to say that I would like to stay more! haha


Ps 4.: But that's ok, I'll come back within two years to do my master. 
Ps 5.: The worst part: how to deal with all the friends around the world?

Ps 6.: Of course I miss Recife (too much!), but I'm pretty sure that after one week I'll be complaining about everything, hahaha


Relato após 8 meses morando em Bremen

agora que tá batendo os 30 ºC é que eu to me sentindo em casa mesmo haha




Hoje faz exatamente 8 meses desde que eu pisei em Bremen. E hoje finalmente posso dizer: estou adaptada! Claro que ainda tem muita coisa pra aprender e muitos lugares pra explorar, mas finalmente me sinto confortável aqui, finalmente eu sinto que criei laços com a cidade e me sinto mais feliz a cada dia que passa. Finalmente eu posso dizer: sim, eu amo Bremen!


Infelizmente, logo agora que estou adaptada,  já estou também com os dias contados por aqui. E agora a minha saudade é reversa. Ainda nem voltei pro Brasil e já me pego olhando pras coisas aqui com saudade, imaginando o quão duro vai ser voltar pro Recife sem ter nem ideia de quando eu pisarei novamente na Alemanha.




É verdade que no começo eu não gostava muito daqui e até tentei me mudar pra Hamburgo, mas hoje eu vejo Bremen como uma cidade em que eu moraria novamente no futuro. Das várias cidades que eu visitei na Alemanha, Bremen parece mesmo ideal - não é muito grande nem muito pequena, nem muito vazia nem muito lotada de gente; não é uma cidade com custo de vida elevado; é ótima pra andar de bicicleta (nem todas são assim); além de ser simplesmente linda!


É verdade que eu morria de saudade do Recife e que ainda sonho que estou lá todos os dias (mas nem sempre são sonhos bons, muitas vezes têm sequestros, assaltos, engarrafamentos, etc.), mas agora eu aprendi a controlar isso. Sem contar que o meu primeiro semestre, além de ter sido no inverno, foi terrível! Eu não entendia nada direito, sentia frio o tempo inteiro, era maltratada por aquela família bizarra, era tudo muito diferente!


Hoje em dia, eu já sei exatamente aonde ir, exatamente como resolver as coisas, já escolhi meus lugares preferidos na cidade, já estabeleci minhas amizades. Atingi a velocidade de cruzeiro, tudo parece estável e tranquilo.


Mas é isso aí - tudo que é bom dura pouco. Em breve darei inícios aos procedimentos de despedida - e que venham as tapiocas!





Ps 1.: Minha recomendação pra quem vai fazer intercâmbio: passar dois semestres vale mil vezes mais do que passar um só.


Ps 2.: A Alemanha não é um país fácil, mas é incrível! Basta ter paciência.


Ps 3.: Não vou dizer que passou rápido, mas preciso dizer que eu queria ficar mais! haha


Ps 4.: Mas tudo bem, daqui a dois anos eu volto pro meu mestrado.


Ps 5.: Pior parte: como lidar agora com todas as amizades ao redor do mundo?

Ps 6.: Eu tenho, claro, saudade do Recife (muita!), mas tenho certeza que depois de uma semana já vou estar reclamando de tudo. hahahahahaha

terça-feira, 6 de maio de 2014

Maracatu: hoje tive um encontro com a minha saudade

Então é isso... eu precisei vir pra Alemanha pra finalmente participar do Maracatu.

Ouvir o som das alfaias depois de quase oito meses me fez chorar como eu nunca chorei em público.

Foi difícil não me arrepiar como sempre acontecia no Recife Antigo e não me emocionar diante da mais perfeita representação da minha saudade.

A minha saudade,
ali, em forma de
música,
a minha saudade
pulsando,
a minha saudade fazendo meu corpo todo vibrar...
Não, não deu pra aguentar!




Obrigada, Hamburgo! Tô voltando, Recife!



Ps.: Olhe, já ouvi dizer que pernambucano era orgulhoso, mas pra mim isso não se chama orgulho não, se chama amor mesmo!





__________ ok, explicações... ________________________________________________________

ensaio de hoje
Hoje fui com Anita num grupo de maracatu em Hamburgo chamado Maracatu Estrela do Elba - formado há 20 anos e quase exclusivamente por alemães (alguns deles falam português e já foram tocar no Recife).
Qualquer pessoa pode participar e paga 10 euros por mês. Não precisa ter os instrumentos.

Eis o link da página deles: http://www.maracatu.de

E eis um link deles se apresentando e também pra quem não sabe o que é maracatu: http://www.youtube.com/watch?v=Z9B3lHmrx80/




segunda-feira, 5 de maio de 2014

Eu saio do Recife, mas o Recife não sai de mim

Hoje eu tava lembrando de uma vez em que eu comprei um potinho de sorvete no supermercado e o ônibus tava demorando a passar.
Comecei a ficar agoniada pensando que meu sorvete ia acabar derretendo.
Até que eu me dei conta de que isso não fazia o menor sentido: tava cheio de gelo na rua e eu tava me tremendo toda.

Hoje em dia eu que derreto de calor aqui nas ruas - Bremen nem parece a mesma cidade de 5 meses atrás!



Confesso que to achando o máximo passar por todas as estações do ano :)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Viagem de Páscoa: Berlin, Dresden, Praga, Budapeste e Viena

Durante essa minha viagem de Páscoa, um monte de gente disse que queria pegar dicas comigo e ler tudo no blog depois - mas eu confesso que não tenho a intenção aqui de relatar as viagens como eu relatei as outras. Primeiro porque o objetivo principal dessa viagem era reencontrar a minha mãe e matar a saudade dela <3 e, depois, justamente porque eu estava com ela, as coisas foram bem diferentes. Vulgo: hotéis, restaurantes, táxis - nada do que eu normalmente costumo usufruir. Além disso, tudo foi muito rápido! Acho que foi ficou faltando ver boa parte das coisas nas cidades que visitei - Berlin, Dresden, Praga, Budapeste e Viena. Mas valem as observações e as fotos :)

1) Na maior parte da viagem pegamos um tempinho feio que só. Em Dresden demos sorte de ter um dia lindão, mas em Praga fomos recebidas a pedradas (de gelo!).

Budapeste

2) Eu passei muito, MUITO frio em Praga. No calor de 20 ºC de Bremen, eu simplesmente não consegui arrumar uma mala preparada pra os 3 ºC de Praga (com direito a MUITO vento).

3) Todas as cidades são muito, muito bonitas! (exceto Berlin)

4) Budapeste é super diferente, é uma cidade muito maior do que eu pensava e tem muita coisa pra ver. O maior problema de lá é que a maioria das pessoas não fala inglês direito (nem mesmo a atendente do hotel entendia o que eu falava).

Pense num frio da peste! - passeando pelo Danúbio em Budapeste
5) Minha mãe falava português com TODO mundo. wtf. E a gente tinha que parar a cada bebê, cachorro ou canteiro de flor pra ela ficar admirando hahaha ai ai

6) Foi a primeira vez que eu peguei esses ônibus hop on hop off - e foi realmente muito prático, já que a gente tinha muito pouco tempo em cada canto. Eu não sabia antes como eles funcionavam. Em Budapeste, nós tivemos direito até a um passeio de barco pelo Danúbio.








7) Sobre os meios de locomoção: Eu saí de Hamburgo e fui pra Berlin por apenas 8 euros com o Flixbus. De Berlin fomos pra Dresden e voltamos por apenas 5 euros o trecho (Flixbus também)! De Berlin a gente foi pra Praga num trem meio capenga da Deutsche Bahn - o trem de Praga pra Budapeste era muito melhor! E de Budapeste pra Viena... pausa pra história.

Eu comprei a passagem na companhia de ônibus Orange Ways - que Dani tinha me indicado e ressaltado que o ônibus era maravilhoso. Então, no momento em que chegamos na suposta "plataforma" do ônibus e que esperávamos por um veículo com banheiro, wifi e assentos reclináveis - eis que surge uma van cinza, sem logomarca nem nada identificador, com um bagageiro móvel e um motorista que não falava uma palavra de inglês. Até que em certo momento o cidadão se dirigiu a mim e mostrou meu nome e o nome da minha mãe numa lista de passageiros. Mein Gott, era aquilo mesmo.
Não bastasse a surpresa de ir num veículo minúsculo, sem o menor conforto e com comunicação zero, após partir, pegar o rumo da estrada e rodar por 15 minutos, a van retorna pro mesmo ponto pra buscar uma mocinha que se tinha se atrasado. Gente, nem no Brasil existe um negócio desses, sério.
Depois de 3h30 de viagem, chegamos em Viena, onde a van ainda foi parada pela polícia e o motorista passou um bom tempo mostrando os documentos.

De Viena voltamos pra Berlin de avião pela AirBerlin (êê, primeira vez que não vou de Ryan Air) - apesar de não ser o meio mais barato, era o meio mais rápido. Caso contrário perderíamos um dia inteiro dentro do trem.

(Detalhe: pegamos um táxi pra estação de ônibus em Budapeste cujo taxista só falava húngaro - e minha mãe fazia o favor de responder em português. Genial!)


Eis o nosso ônibus


Sorvete de absinto com maconha - Praga
8) Achei terrível não poder beber água da torneira em Praga e em Budapeste.

9) Durante o percurso de trem pela República Tcheca e pela Hungria é possível notal as coisas bem acabadas, as casas abandonadas e parcialmente destruídas - é bem diferente do resto da Europa (e um tanto familiar).

10) Num dos últimos dias da viagem, em Viena. acordei com uma dor terrível no pé e não conseguia andar da cama pro banheiro dentro do quarto. Conclusão: passamos o dia no hotel assistindo o Rei Leão, Ursinho Pooh e toda a programação da Disney Channel em alemão.

11) De Bremen até Berlin e vice-versa tive que carregar uma mala e-nor-me e pesadíssima. E ninguém se ofereceu pra ajudar. Impressionante. 10 brasil x 0 alemanha

Terceira vez em Berlin e segunda no Reichstag - o coração do governo alemão. É uma visita gratuita e que vale totalmente a pena - basta agendar no site com antecedência. 
macaco pensador do zoo de berlin


A gente pegou chewbacca o orangotango da sumatra bem no horário que ele tava sendo alimentado.
Quase um espetáculo. 


Dresden é linda! (e minha mãe também, hihi)
Minha mãe se encantou com essa restaurante em Dresden. De fato, ele é muito curioso - o danado tem milhões de salões,
parece um labirinto. E ele é cheio da história, saca aí: http://www.sophienkeller-dresden.de/index.php. A gente acabou
descobrindo ele por acaso. Fica aí a dica. 

Dresden

Páscoa aqui na Alemanha é assim: a gente encontra até coelho pedalando. wtf (Dresden)





A escada rolante de metrô mais inclinada que eu já vi. Vertigem total. (Praga)

Estação de trem em Praga

dormindo na mesa do trem - deja vù ensino médio haha



Praga

Eu não subi na Torre Eiffel de Paris, mas subi na Torre Eiffel de Praga, hahaha. De lá você tem essa vista maravilhosa.
Recomendo. 

vide a foto acima

Praga

Praga

Praga

Lennon's Wall - Praga (não achei nada demais)

dispensa legenda

"Bora, tira logo essa foto que eu to com frio" (Buda)

Budapeste

selfie ainda tá na moda? (Budapeste)



Budapeste
Budapeste


O parlamento mais bonito do mundo (Budapeste)

Budapeste
Café ~irado~, motorista abusado e a gente no retrovisor em Budapeste


Plantação de cataventos



Da famosa roda gigante de Viena (uma das mais antigas do mundo) - Wiener Riesenrad





Um doce pra quem souber o nome desse instrumento (Viena)

Saca a fila pra entrar no palácio de Schönbrunn em pleno feriado de Páscoa (Viena)

E eu lá, na maior calma do mundo sqn

Anne Frank

Fred Mercury <3