quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Terça

Segunda foi um dia inútil. Acordei me sentindo muito mal e passei o dia na cama. Fiquei muito feliz de ter trazido todos os remédios necessários do Brasil.

Terça foi um dia do caralho  muito intenso. Fui fazer meu registro de moradora da cidade, o chamado Anmeldung (todo mundo é obrigado a fazer isso) e dei entrada no meu Personalausweis (ou seja, minha identidade alemã). O cara que me atendeu no Büro (tipo um departamento burocrático do governo, não sei explicar - Büro significa office) foi super rude. Ficou ironizando o tempo todo comigo "é, pois é, você sabe, né, geralmente quem pede um personalausweis sabe falar alemão", "eu vou TENTAR traduzir pra você", "tome aqui esse papel, talvez você leia, né?". Só faltou dizer "quem pede identidade alemã é porque é alemão e no seu caso..." (explicando: eu tenho dupla nacionalidade). Eu já imaginava que iam implicar comigo, mas fui paciente e fiquei quietinha. Depois disso abri minha conta no banco - o Sparkasse Bremen. O cara lá foi justamente o contrário do outro, um amor de pessoa. Perguntou o que eu tava achando daqui, como era no Brasil, etc. Olha, resolver burocracia já é um inferno, e resolver em alemão...

Vista do elevador panorâmico do Büro, haha.

Sparkasse Bremen (o prédio é bem antigo, é lindo por dentro)

Depois disso, segui pra minha primeira aula de verdade na faculdade: Medienpolitik/Medienökonomie (mídia política e mídia ecônomia - eu acho que é essa a tradução). Como não preciso de um mínimo de créditos (nem pela UFPE nem pela Hochschule), decidi que veria todas as aulas em alemão. As aulas em inglês são pra outros cursos ou de matérias gerais, nada a ver com jornalismo. Todo mundo na turma já se conhecia. Eles são do 3º período. E se eu já não entendia nada do que o professor falava, passei a entender menos ainda com o cara do meu lado que não calava a boca. No fim das contas, ele foi legal e me chamou pra fazer parte do grupo dele junto com outro cara. Conheci mais umas 4 pessoas e eles foram super legais e prestativos comigo, sempre perguntando se eu queria ajuda ou algo do tipo. Conversei com o professor e ele disse que também não tinha problema se eu apresentasse meu seminário em inglês (vamos ver até lá como eu estarei no alemão ainda uma desgraça, provavelmente). O problema dessa aula é que ela vai de
14 h até 19 h. Sério, como pode existir um negócio desses?

é muita gente loira haha


Depois disso tudo, fui parar onde? No Schüntiger, claro. Com a boa e velha dunkelbier de 2 euros. Depois fomos pra minha terceira casa em Bremen (a segunda é o Schütinger): o Paddys Pit, um pub irlandês que fica perto da Hauptbahnhof, acho que já falei dele por aqui. No começo fui com Viktorija (Lituânia), Simon e David (Suécia) e Claire (Malta), depois Talita e Daniela (Fortaleza) chegaram e nos encontramos com Alice e Victor (Recife) e fomos pro Viertel. Os caras do Peru e Rodolfo (São Paulo) também apareceram. Fizemos hora para ir para a tal da Tower (outra boate conhecida aqui). Antes passamos no tal do Eurobar, claro. Uma coisa que me deixa chateada nas boates é ter que pagar 1 euro pra guardarem meu casaco :( Gostei de lá, mas a música ora era muito boa, ora era muito ruim, totalmente doida. Quando estava indo embora (cerca de 3h da manhã), na fila pra pegar meu casaco, encontrei com um dos caras da minha sala de jornalismo, que eu tinha conhecido mais cedo. Acabei ficando por lá com os meus novos colegas alemães até quase 6h. hahaha Na volta, estava sozinha no ônibus, quase dormindo e meio bêbada quando o motorista desceu e saiu pra olhar alguma coisa. Sim, o ônibus quebrou de 6h da manhã duas paradas antes da minha. E pra entender o que tava acontecendo em alemão? Bom, não entendi. Desci e peguei o ônibus seguinte.


Obs.: Uma coisa sensacional daqui: os caras adoram pagar bebida pras mulheres, mesmo que não tenham interesse.

No Eurobar, antes de ir pra Tower (Victor, Paul, sempre-esqueço-o-nome, Viktorija, Alice, eu e Talita)

Nenhum comentário:

Postar um comentário