sábado, 28 de dezembro de 2013

Trabalhar na Alemanha - Primark

A Primark de Bremen fica no shopping Water Front e é um pouco distante do centro da cidade.

Como algumas pessoas já sabem, comecei a trabalhar aqui. E como muitas perguntas surgiram, espero responder todas ao longo do post. Então vamos lá.

Desde de antes de vir pra cá, eu já tinha em mente que deveria conseguir um trabalho - pelo menos se quisesse continuar viajando pela Europa.

Minha roommate um dia comentou comentou comigo que alguém comentou com ela que estavam precisando de gente na Primark.

[A Primark é uma rede de lojas Irlandesa que vende roupas muito muito baratas (e lindas).]

Então fui lá e perguntei a um dos funcionários o que eu deveria fazer. Ele me disse que eu deveria ir a uma agência de trabalho no centro da cidade chamada GPS (Groove Personal Service).
Como tenho cidadania alemã, não tive maiores problemas burocráticos. Tive que preencher um formulário dizendo onde eu tinha trabalhado antes e com o que eu gostaria de trabalhar. Obviamente, passei 40 minutos com o dicionário traduzindo profissão por profissão - que ia de peixeiro a mecânico. Também fiz uma entrevista - e deixei bem claro que estava ali para trabalhar na Primark.
O cara disse que eu ganharia 8,19 euros por hora e o expediente era das 11h às 20h. Me ofereci para trabalhar 3 dias por semana. Ele disse que ligaria em breve pra me dar uma resposta.

Logo depois que cheguei da minha viagem a Londres, o mesmo cara me ligou e disse pra eu ir lá assinar os papéis - isso é outro ponto que me deixa angustiada aqui na Alemanha: assinar um monte de documento sem entender do que está escrito. A sorte (?) é que os alemães são sérios e confiáveis. Depois disso, tive que ir no Büro (tipo a prefeitura/governo) e pegar o documento relativo ao imposto de renda - que aqui eles descontam diretamente do salário. Como eu sou estudante, não preciso pagá-lo.

Minha roommate e outra conhecida também começaram a trabalhar junto comigo (elas são espanholas).
Vestiário feminino
Eles deram uma farda preta, sapatos, um crachá, mas não deram qualquer tipo de treinamento. Resultado: eu parecia uma barata tonta no meu primeiro dia de trabalho.

Um pouco antes das 11h, todos se reúnem e cada um é informado em qual departamento deve trabalhar. O almoço dura 45 minutos e tem também uma segunda pausa de 15 minutos. E esse tempo passa voando porque só até chegar no refeitório leva um século.

Na hora da saída, as pessoas literalmente correm pra ir embora. No começo eu não entendi o porquê, mas é pra não perder o tram - que a noite demora muito pra passar.

Fico linda de farda, sqn. Essa calça é uó.
Depois do primeiro dia, passei quase um mês sem trabalhar. Não é uma coisa regular. Eu sempre espero o cara da agência ligar e perguntar se eu posso ir tal e tal dia. Agora em dezembro, no entanto, trabalhei hardmente por causa do Natal. Me chamaram pra trabalhar quatro dias seguidos e, acreditem, não é fácil. Acho que se fosse pra trabalhar todo dia lá, eu não aguentaria não.

"O que é que tu faz? Tu é caixa?"

Hahaha, queria eu ser caixa. Caixa é high level, gente.
Eu normalmente fico arrumando os produtos nas prateleiras. Meu ponto alto até agora foi colocar os preços nos produtos. haha
Não saber alemão direito é uma barreira pra conseguir algo melhor. E o mais interessante é que os alemães vêm me perguntar as coisas já na certeza de que eu sou alemã - quando na verdade eu faço parte das estatísticas: a maioria dos funcionários é imigrante. Paquistaneses, espanhóis, poloneses, turcos, africanos, russos, etc. compõem a mão de obra barata da Alemanha.

No meu primeiro dia, fiquei na seção de crianças junto com uma angolana (o que me deixou super feliz porque ela falava português e me ajudava).
No meu segundo dia, fiquei na seção de artigos pra casa e coisinhas de Natal. Descobri umas coisas maravilhosas que eles vendem . Meu sonho é que existisse Primark no Brasil! #consumismofeelings
No terceiro dia, fiquei na seção de bebês com uma novata da Indonésia.
No quarto dia, na seção de casa de novo.
E no quinto, na seção de roupa feminina (a pior parte, women are crazy).

Esse sapato que eles deram acabam comigo.
Eu saio quase me arrastando no final do dia.
No primeiro dia saí de lá com vontade de chorar, sem sentir meus pés (pois não sentava há quase dez horas) e desejando nunca mais entrar naquele lugar na minha vida. No dia seguinte foi mais fácil, mas igualmente cansativo. No terceiro, posso dizer que foi até legal - talvez porque eu tenha dormido bem - e também conheci uma senhora que me orientou bem direitinho e me deu um chocolate "for doing such a boring job" (palavras dela).

Observações:

1 - A frase que eu mais escutei durante esses dias foi "Mama, papa, guck mal!" (Mamãe, papai, olhaaa!)

2- Toda vez que chega um cliente perguntando algo eu entro em pânico. Às vezes, eu não entendo e acabo respondendo alguma coisa bem nada a ver. Mas agora eu to me saindo com essa "Ich weiss nicht. Ich bin nicht von diese Abteilung, aber ich kann mein Kollege fragen". (Eu não sei, eu não sou desse departamento, mas posso perguntar ao meu colega). Às vezes, eu até entendo as perguntas, mas as pessoas querem coisas impossíveis.

3 - Você que deixa calcinha especial edição de Natal na seção de bebês: você não vai pro céu. Uma seção é do lado oposto da outra na loja. E acreditem: a loja é enorme. Acho que percorro quilômetros pra organizar tudo.

4 - Um dia eu fiquei ajudando os caixas abrindo as sacolas. Acho que foi um dos pontos altos também. É (quase) divertido ficar vendo o que as pessoas compram. Teve uma mulher que gastou mais de 500 euros! (e acredite: pra gastar isso tudo ela teve que sair com MUITA sacola).

5 - Reclamaram um dia que eu estava atrasada. Eram exatamente 13h (nesse dia, excepcionalmente, começava às 13h), mas a mulher disse que era pra estar lá 15 minutos antes. Ela também reclamou do meu cabelo que tava solto e dos meus brincos. Alou, se ninguém me diz nada, eu não tenho como adivinhar, né?
Refeitório

6 - Trabalhei no último sábado antes do Natal e eu tava esperando que esse dia fosse ser uma loucura. Mas a loja ficou super vazia. Minha colega alemã disse que os alemães pensam nisso e compram as coisas com antecedência. Isso é TÃO alemão, meu deus.

7 - Eu já tinha reparado como existem muitos bebês aqui, mas na loja isso é ainda mais notável! E os pais são super novinhos! É incrível a quantidade de bebês, sério.

8 - A quantidade de turcos também é assustadora. A proporção dos clientes parece ser metade alemães, metade turcos.

9 - Não, eu não tenho desconto na loja.

10 - Um problema: eu tenho vontade de comprar tudo que eu vejo lá. É impressionante como as coisas podem ser tão bonitas e tão baratas.

11 - Se eu desenvolver TOC, vocês já sabem o que foi.

12 -  É engraçado pensar todo mundo está ali na mesma situação. Ninguém de fato gosta desse trabalho (de corno), mas o dinheiro é bom e necessário. E eu fico tentando imaginar quais são os sonhos e as histórias que cada um que está ali tem. Eu, por exemplo, sou brasileira e fotógrafa, a outra alemã trabalha também numa igreja e a menina da Indonésia estuda informática em Bremerhaven.

13 - No Brasil seria simplesmente impossível ganhar o dinheiro que eu ganho trabalhando aqui. Além disso, os trabalhos costumam ser bem flexíveis em relação aos horários. É difícil encontrar alguém que trabalhe todos os dias porque a maioria é estudante.

14 - Como não existe esse tipo de trabalho no Brasil, os jovens acabam morando com os pais até quase depois dos 30 - quando começam a trabalhar de fato na sua área e a ter dinheiro suficiente pra manter o nosso custo de vida elevadíssimo. Aqui é difícílimo achar um jovem com mais de 20 anos que ainda more na casa dos pais.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

confirmação de pequenas saudades

Apenas confirmando um monte de coisa que eu já sabia.
Texto escrito antes de viajar em 25.07.2013.

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Se um dia eu morar fora, já tenho ideia dos lugares que sentirei falta. Sim, eu vou morar fora. Mas eu volto. E vai ser apenas um ano. Mas eu já sei do que eu vou sentir falta.

Sentirei falta de bater ponto no Delta. De tomar um cappuccino [de paçoca POR FAVOR, daria minha alma por um cappuccino de paçoca aqui] e comer um quiche de ricota com espinafre, fingindo que sou light, enquanto aproveito pra carregar meu celular.
Sentirei falta da livraria Cultura [Olhe, eu sinto muita falta mesmo. Principalmente de entender o que tem escrito na capa dos livros. A substituta da Cultura aqui é a Thalia].
Das tardes de domingo no Bairro do Recife.
De pegar o Alto Santa Isabel no lado oposto da Conde da Boa Vista só pra dar uma volta pelas pontes, apreciar a paisagem. [porque sim, minha cidade é linda]
Sentirei falta do cinema da Fundação. [sinto falta do preço de lá também]  
Sentirei falta de ir ao Plaza só pra não fazer nada. Ou ir ao cinema ver um filme qualquer.
Sentirei falta de pegar o carro com Dani e sair sem destino. De ir em cada canto da cidade procurando o que fazer. E acabar em Boa Viagem.
Sentirei falta de ir pras festas e acabar em Boa Viagem. De novo. Vendo o sol nascer e comendo abacaxi. [aqui não tem abacaxi :(((]
Sentirei falta de pedalar nas ciclofaixas aos domingos. [bom, eu poderia pedalar aqui a qualquer momento se minha bicicleta não tivesse sido roubada ¬¬]
De voltar da faculdade, descer do ônibus e ir direto pro Bar Real.
Sentirei falta do sorvete italiano da esquina. [porque aqui eu ainda não provei um sorvete realmente bom]
De ficar presa na Rosa e Silva e aproveitar pra ouvir o álbum novo de Kasabian. [sim, até disso eu sinto falta]
Eu sentirei falta de ficar sentada na frente do CAC pensando na vida ou jogando conversa fora. [saudades de todas as Modernas <3]
Sentirei falta de andar toda a Conde da Vista resolvendo broncas (e comprando quinquilharias).
Sentirei falta da Rua da Imperatriz com a sua antiga padaria.
Não me esqueceria também do sensacional cinema São Luiz. Dos Festivais de Stop Motion.
Da tapioca de Glorinha. Lá do colégio. [ok, eu também daria minha alma por uma tapioca aqui. Então acho que vão ter que ser horcruxes - não, Ursula, não.]

Da Rua do Lazer e o suco de maracujá com Camila.
Lembrarei de Danielle, minha cabelereira. De Brigite, a garçonete do Bogart Café.
Eu sentirei saudade da minúscula rua da minha casa com três lombadas e dois soldados.
De me perder em Piedade. De achar sem graça o Parque Dona Lindu.
De pedalar em frente ao Parque de Santana.
Lembrarei com gosto da melhor pizzaria da cidade [adivinhem qual] e da Fri-Sabor.
E lembrarei da casa de Gracinha com aquela inhaca de cachorro.
Lembrarei da creche onde fiz trabalho voluntário.
Sentirei saudade do pub no Pina e dos shots do Alceu, na Torre.
Sentirei falta de atravessar a Ponte Maurício de Nassau.
De comprar aneis no Bairro de Santo Antônio.
Do caos do Cais de Santa Rita.
De ir ao Mercado de São José.
Sentirei falta de pegar o Dois Irmãos Rio Doce pra ir a algum show no Centro de Convenções.
Sentirei falta do carnaval no Recife Antigo. [sim!]
Das prévias de Carnaval no Poço.
Do frevo entrando na minha casa sem permissão.
Sentirei falta da canjica no São João.
Lembrarei das árvores de garrafa PET no Natal montadas no meio do rio.
Das pontes iluminadas. [a decoração de Natal aqui é bem fraquinha, digo logo]
Da Fenearte.
Da Salada Justiça.
Sentirei falta, claro, da Consultexto. [alou, galera ctx <3]
Do laguinho da Federal.
De fazer feira no Bompreço.
De ir pro prédio de Marcela, André ou Juvenal.
Sentirei falta de ir no Texacão comprar bebida de madrugada.
De ir ao Shopping Recife só pra ir na Zara.
Sentirei falta da Rua da Moeda - de tomar caipirinha no Novo Pina. [como eu sinto falta disso]
De ficar em frente ao Burburinho ouvindo blues.
Das festas no Vapor 48.
De tomar açaí no Box Casa Forte.
De visitar minha vó em aldeia.
De ver o pôr-do-sol na beira do rio, no Poço.
De pegar o Dois Irmãos Rui Barbosa quatro vezes por dia. [só que não]
Etc.
Etc.

Tô com pressa agora. [sim, o texto acabava exatamente assim, haha wtf]

25.07.2013



Carta de despedida para o Recife


5 de agosto de 2013

Querido Recife,

Estou partindo, é verdade. Mas, por favor, não se desespere. Volto em breve. Vou sentir falta do seu calor. Sei que baixaste a temperatura para incríveis 19 ºC só pra me fazer ficar. [quem não lembra desse dia com todo mundo postando foto de termômetro no instagram e dizendo que tava morrendo de frio?]  Não me convenceu. Trocarei tuas pontes por outras. O Capibaribe pelo Weser. O Rui Barbosa por um ônibus qualquer [número 26 atualmente]. Paulo Inojosa pela rua da maré cheia [depois descobri que o nome da rua não significa maré cheia, mas tudo bem].
Sim, eu volto. Eu juro que volto. Mas, por favor, se esforce para mudar. Cansei desse teu jeito violento de ser, confesso. Cuide bem da minha família. Meus amigos ficarão sob a tua tutela.
És grosso, mal-educado, mesquinho - mas sabes que te amo, não é? Pois é. Todos dizem pra te largar. Mas te amo com todos os teus defeitos. E não sei se consigo.
Ah, Recife, vai sentir a minha falta. Sei que vais. Mais do que eu sentirei a tua. [mentira]
Estou trocando de portos. Estou trocando de cais.
Troco portanto de amores.
Não, por enquanto, Recife,
não te quero mais.

Ursula Neumann

Sobre ser adulto, frases de efeito e biscoitos da sorte

Acabei  de achar esse texto que eu escrevi antes de viajar (21/07/2013) e resolvi publicar aqui mesmo não tem muito a ver com a temática do blog.


Virei gente. Agora eu já sei pedir um expresso. It tastes sweet. Meu intercâmbio já começou. A cada documento que eu separo, a cada palavra diferente que eu busco no Google Tradutor, já estou vivendo novas experiências. Amadurecendo o que eu nem sabia que existia pra amadurecer.

Adultos na verdade não passam de crianças crescidas. Responsáveis, mas inseguros. Insecure like a baby.

Hoje é um daqueles dias que parece um filme. Tem trilha sonora, tem café, tem chuva.
Kasabian toca e tudo continua a mesma coisa.
Eu não sei por que eu chamo as pessoas pra saírem comigo quando eu sei que no fundo eu quero ficar sozinha. Eu vivo em contradição. Por hábito talvez. Muitas vezes eu não sei dizer não. É uma coisa impulsiva. Minhas atitudes negam o que eu penso. Mas só eu sei das minhas contradições. Pelo menos isso.

Por mais que os livros tragam ideias;
os filmes, morais;
as músicas, frases de efeito;
por mais que sábios, filósofos, pensadores, especialistas expliquem,
exemplifiquem,
por mais que sejam a convicção em pessoa
- a grande verdade é que, de fato, não sabemos de nada.

A gente acha que vai crescer e ter conhecimento de tudo;
que vai entender a vida;
que as angústias vão passar;
que seremos seguros e confiantes como nossos pais ou avós;
que iremos dar conselhos;
que escreveremos livros reveladores - mas não.
 É tudo igual.
Ser adulto é tão assustador quanto ser criança - ou talvez mais -
porque não tem ninguém pra te consolar,
porque você pode ser preso,
porque você pode trazer males aos outros,
porque você pode trazer outro ao mundo.
 E ainda existe burocracia.

Uma vida é apenas muito pouco pra se dizer o que são ou o que deixam de ser as coisas. 
Uma vida é simplesmente muito pouco.
Pouco pra se ter as experiências que ela oferece. Eu não quero viver pra achar a verdade. Eu queria tempo pra viver.
E se eu não quiser ter filhos? Ser advogada? Hippie? Se eu quiser ser prostituta? Se eu quiser morar na África? Ser atriz? Careca? Casar dez vezes? Ser voluntária da ONU? Astronauta? Personal trainer? Uma vida só não consegue conciliar isso tudo.

Não é que eu não esteja aproveitando a vida. A minha única e singela vida. É que simplesmente não dá pra fazer tudo. E eu escolhi ir pelo caminho básico, tradicional, estável e seguro que a maioria escolhe.
É como se eu tivesse uma determinada quantia de dinheiro pra viajar e escolhesse ir pra Europa visitar Paris, Roma, Londres e Berlin.
Tem gente que escolhe Malta.
Tem gente que escolhe o Chipre.
Ou a Indonésia.
Tem gente que se aventura em Madagascar.
São escolhas.
Não dá pra voltar atrás. Não dá pra ir a outros lugares.

E é por isso que eu acho que gostamos tanto de frases de feito. Porque elas nos passam segurança. Por mais fakes que pareçam.
Todo mundo ama uma frase de efeito. Vide os milenares biscoitos da sorte chineses.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal dos brasileiros

O Natal é uma época difícil pra nós, intercambistas, visto que é uma data familiar - ao menos no Brasil (aqui na Alemanha descobri que muita gente costuma comemorar com os amigos em pubs e festas).

(esq. p/ dir.: Steffen, Talita, Rodolfo, Aline, Isabelle. Atrás: Sara, Renato,
Fernando e eu)
Então fazemos o que podemos e nos apoiamos uns nos outros. Posso dizer que meus amigos brasileiros aqui são minha família e é com  eles que eu conto nos momentos difíceis. E, como uma grande família, resolvemos comemorar o nosso Natal juntos - antecipadamente, já que algumas pessoas iam estar viajando no dia 24/25.

Discurso do Fernando antes do jantar (Sara, Isabelle, eu, Talita e Renato)
Nos reunimos na casa do Fernando - que é muito longe no fim do mundo em outra cidade andamos quilômetros, mas que é linda e fica num lugar lindo onde tem vaquinhas, ovelhinhas, cavalinhos e até toupeiras.  Rodolfo se encarregou da cozinha e fez o nosso peru. Por 7 euros (a parte do custo que coube a cada um) comemos até estourar. Teve discurso, samba e glühwein. Contamos com a presença, claro, do nosso mascote Steffen - um alemão abrasileirado que sempre anda conosco e fala português fluente - e tivemos como convidados os outros moradores alemães da casa. Ao nosso grupo também se integraram mais dois brasileiros que há pouco se mudaram pra Bremen e não são intercambistas.

fartura~~
Rodolfo melhor cozinheiro
(esq. p/ dir.: Isabelle, Fernando,
Steffen, Aline, Rodolfo, Talita e eu)
Acabei dormindo por lá mesmo porque perdemos o ônibus. No outro dia conheci um indiano e um egípcio que fazem mestrado em mídia aqui em Bremen. O egípcio é fotógrafo e tava contando como ele foi baleado três vezes na revolução no Cairo! ~~tinha que comentar isso, hehe

Enfim, aproveito pra desejar a todos que estão no Brasil (ou em qualquer outra parte do mundo) um feliz Natal :))

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Compilação de tristezas do meu caderninho de 1 euro




É verdade que eu achei que seria mais fácil fazer intercâmbio. Mas é no meio dos conflitos e das confusões que eu vejo que tenho amadurecido. Na marra mesmo. A partir do momento que eu vejo que eu não posso simplesmente pegar um avião e voltar pro Brasil, eu amadureço. Eu aprendo a ser forte e a aguentar a saudade. Sim, o intercâmbio me fez uma pessoa sensível. Sensibilíssima - se é que essa palavra existe. As pessoas sempre reclamaram que eu sou fria e distante, que não ligo pra nada. Mas não. Eu me descobri uma pessoa super sensível aqui. E eu amadureci porque aprendi a valorizar meus pais, meus amigos, minha língua, meu país, minha cidade. Eu sinto falta de cada detalhe, de cada lugar, de cada pessoa. Eu sei que eu dizia que tava de saco cheio do Recife e eu sei que vou dizer isso quando eu voltar - mas é apenas uma questão de convivência.
Bremen às 8h30. Quem consegue trabalhar nessa escuridão?

Sempre que eu conheço uma pessoa que mora há anos fora do seu país de origem eu me pergunto: meu deus, como ela consegue? Certos imigrantes passam anos e anos sem voltar pro seu país e quando eu penso que ainda faltam oito meses pra eu voltar pra minha terra chega bate um desespero!

Às vezes, eu me sinto num exílio, sem ter como sair, presa, claustrofóbica. Pode parecer ingratidão (principalmente com os meus pais que estão me dando esta oportunidade), mas essa é a verdade. Eu sei que vai ser bom pra mim. Pode não estar sendo agora, mas eu já me sinto outra pessoa. É uma metamorfose lenta e dolorosa.

Talvez eu não tenha escolhido um país fácil pra se morar. E eu ainda carrego o peso de ter um sobrenome alemão e não ser de fato alemã. De ter cara de alemã e não falar alemão. Além disso, como eu vim pra cá pra aprender alemão, eu me sinto culpada a cada palavra em inglês que eu falo. A cada vez que eu saio só com brasileiros. É como se eu não me esforçasse o suficiente. É como se eu jogasse tudo fora. Essa ligação que eu tenho com a Alemanha é um plus que eu tenho que os outros intercambistas não têm. Eles vêm pra ter aula em inglês, pagar algumas cadeiras que não tem no Brasil e voltar. Mas o curso não importa de fato pra mim. Além de tudo, eu não tenho bolsa como os outros - o que me faz ter que contar cada moeda. Controlar meu dinheiro - isso também me faz amadurecer. Pagar meu aluguel, meu plano de saúde, a multa do banco porque a conta ficou no vermelho - isso tudo me faz amadurecer.


Sim, a qualidade de vida aqui é infinitamente melhor do que no Brasil - não dá pra negar-, e sim, eu ainda penso em morar definitivamente na Europa.  Minha ideia inicial era aprender alemão agora e voltar depois pra fazer um mestrado. Mas sinceramente, não sei se quero mais a Alemanha. Acho que to ficando meio traumatizada. Mas sinceramente [2], nenhum lugar no mundo vai ser como o Recife. Eu nunca vou me sentir confortável como eu me sinto no Recife, em Casa Forte. Minha família está lá, meus melhores amigos estão lá, minhas histórias estão lá. É essa necessidade de conforto e unidade que eu tenho. Gringo vai ser sempre gringo, não importa quanto tempo ele more no país. 
A vontade que eu tenho é de estudar aqui, voltar, fazer um mestrado, um doutorado e então voltar pro Brasil de vez. Acrescentar algo, levar conhecimento, ver o País crescer, acompanhar, fazer parte e participar de quantos protestos forem precisos. Não importa se eu tenho cidadania alemã, eu sou é brasileira.

Eu estaria reclamando de barriga cheia se eu dissesse que as coisas estão ruins. Mas se eu disser que eu to feliz é mentira. A Alemanha não ajuda, os alemães não ajudam, a língua não ajuda, o inverno não ajuda. E eu ainda continuo na luta pra achar um quarto (ao contrário do que eu disse num post anterior, eu não me mudei ainda). Dois meses, 50 emails, 10 visitas e nada. Se eu não achar um lugar até 1º de fevereiro, ficarei homeless. Mas isso é outra história problema.

Eu sempre achava engraçado quando os alemães justificam tamanho mau humor com o clima. Afinal, acho que o tempo no Reino Unido é ainda pior com aquela chuvinha irritante. Mas to realmente começando a acreditar que faz sentido. Nunca tem luz, sempre tá frio, nem neva nem faz sol. A vontade que eu tenho é de ficar na cama lembrando de que nessa época do ano eu costumo passar semanas inteiras na minha casa de praia. Talvez melhore quando a primavera vier. Talvez eu mude de opinião. Talvez eu pare de sonhar que to voltando correndo de braços abertos pro Recife como uma prisioneira recém-libertada (sim, sonhei isso hoje). Talvez eu pare de chorar com tanta frequência.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

80 euros, 7 dias e 2 pedaladas/ 80 euros, 7 days and 2 cycling times!

If you wanna read this post in english, just roll down. 

É com muito pesar que venho contar o fim da triste história da bicicleta.
Como vocês sabem, foi a maior confusão pra comprar a danada semana passada. E hoje, menos de uma semana depois, ela foi roubada. Sim, amigos, fui roubada. Roubada na Alemanha! 

Pelo que eu descobri isso é supercomum aqui na cidade. Um amigo alemão disse que já roubaram a bicicleta dele três vezes. Isso explica os preços tão baratos. E não são só bicicletas! Me surpreendi quando uma ex-colega minha do alemão, Gabriela Fricke, me contou que aqui mesmo em Bremen quebraram o vidro do carro e roubaram a bolsa dela.



Pedaço do locker que eu encontrei no chão./
Locker's piece that I found on the ground
Como aconteceu: acordei e e pedalei uns 4 quilômetros pensando como ia ser sucesso o meu #projetoverãoemBarcelona até alcançar o shopping (WaterFront). Deixei a bicicleta no estacionamento pra bicicletas e quando voltei passei bem uns 15 minutos tentando encontrar ela de todo jeito. Tava com medo que eu não tivesse reconhecendo a bike porque era nova. Até que encontrei a prova do crime: um pedaço do locker que tinham quebrado pra levar ela embora.

A buzina que eu nem cheguei a colocar./
The honk that I couldnt even install. 





Me disseram que polícia não adiantava. Me disseram pra ir no mercado de pulgas onde vendem as bicicletas roubadas. Me disseram pra esquecer. Mas como esquecer... se a buzina que eu ia instalar hoje de noite ainda está na minha mesa?



Estou de luto. Pela minha bicicleta. Pela humanidade.
Não é drama. É prejuízo.

"Desista de bicicleta, vei. O destino não quer que você tenha uma." (BOUWMAN, Daniela)

"Lá como cá más fadas há." (PAI, meu)

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I came very sadly to tell the end of the bicycle's story.
It was very complicated to buy it last week (another long history). And, today, less than one week ago, my bike was stolen. Yes, my friends, I was robbed. Robbed in Germany!

I figured out that it's quite common. One friend of mine (german) told me that he had his bicycle stolen three times! It explains the cheap prices. And it is not only bikes! I got surprised when my ex-colleague of the german course (in Brazil), Gabriela Fricke, told me that here, in Bremen, they broke the car's window and robbed her purse.

How did it happen: I woke up and cycled thinking of how my #summerinBarcelonaproject would be a sucess until I reach the mall (WaterFront). I left my bike in the bike's parking and when I came back I spent 15 minutes looking for my bicycle, trying to find it anyway. As it was new, I was afraid to forget how it looked like. Then I found the proof's crime: a little piece of the locker that someone's broke to take my bike away.

People told me that was a waste of time to contact the police. People told me to go to the market where they sell stolen bikes. People told me to forget. But how can I forget... if the honk that I would install tonight still in my desk?

I'm in mourning. For my bicycle. For the humanity.
It's not a drama. It's a loss.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Porque hoje foi um dia especial

1) Nevou (e teve um furacão também)
2) Fui ao cinema pela primeira vez
3) Achei um quarto!



1) Sim. Nevou. E nevou um bocado. Finalmente. Porque esse frio todo sem neve é muito chato. Sobre o furacão: De ontem pra hoje passou um furacão pelo norte da Europa. A verdade: eu não vi nada. Tudo bem que tava ventando e tal, mas nada muito anormal. E com o furacão veio a neve. Tudo parou aqui na Alemanha, os trens, as lojas - inclusive me ligaram do trabalho dizendo pra eu não ir (onde eu trabalho? há, surpresa. Em breve um post sobre isso :))











Aqui um link sobre o furacão: http://www.dw.de/tempestade-xaver-retrocede-ap%C3%B3s-levar-caos-e-mortes-ao-norte-da-europa/a-17275771





2) No Brasil eu costumava ir ao cinema pelo menos toda semana. Às vezes ia duas ou três vezes, dependendo da temporada. Desde que cheguei aqui (há dois meses atrás), ainda não tinha ido e tava sentindo MUITA falta. Acabei indo num desses cinemas comerciais da vida, perto da Hauptbahnhof (estação central). Assisti Die Eiskönigin ou Frozen (em inglês) ou Elsa, a Rainha do Gelo (?? acho que é esse o nome em português), um filme infantil da Disney, haha. Primeiro: eu adoro filme infantil (apesar de que ultimamente to achando tudo muito decadente); segundo: o filme era em alemão. Claro que eu perdi várias piadas (das quais o menino de 5 anos sentado do meu lado ria loucamente), mas deu pra acompanhar de boa. O preço é caro: 8,5 estudante. Já me falaram que lá também exibem sessões na língua original, mas não achei nada (pelo menos hoje). As cadeiras não são exatamente confortáveis (as do Plaza são muito melhores) e eu fiquei chocada com a quantidade de propaganda que passou antes de começar o filme. Sério, sem brincadeira, foram mais de 30 minutos até o filme começar de verdade. Fiquei me perguntando se eu tava na sala certa.
Ps.: por coincidência (ou não), o filme é todo sobre o inverno e a magia da neve e etc. e hoje foi o primeiro dia de neve de Bremen, foi bem legal hahaha :D





3) Bom, meus amigos mais próximos têm acompanhado a minha luta pra achar um quarto disponível aqui em Bremen. Há quase um mês estou tentando achar outro canto pra morar porque não paro de ter problemas com os meus chamados landlords. Eu moro na parte de baixo da casa de um casal alemão (aposentados) . A princípio foi tudo ótimo: eles nos apresentaram os vizinhos, nos deram rum com chocolate quente quando estava frio (falo no plural porque moro com uma espanhola também), me deram presente de aniversário, fizeram bolo, enfim, mil maravilhas. Mas aí começaram os problemas: desde a obsessão por limpeza (juro que sou uma pessoa limpinha e organizada, mas eles são insanos) até os meus pôsteres que eu tive que tirar da parede, da minha cama que eu não pude trocar de posição até a bicicleta que tive que esconder no quarto. Além disso, eles aparecem o tempo todo (tipo todos os dias, o tempo todo) no flat e muitas vezes entraram no meu quarto enquanto eu não estava (agora eu tranco toda vez que saio).  Levei sermão e grito da filha, do pai e da mãe. Em alemão e em inglês. Custava tentar conversar primeiro?

Fazer intercâmbio parece um negócio divertido, mas na verdade não é nada fácil. A única coisa que eu faço questão aqui é de ter meu cantinho, sem ninguém me perturbando ou mexendo nas minhas coisas; é de ter um lugar em que eu me sinta confortável e que eu possa chamar de "casa".

Depois de mandar pelo menos uns 30 emails, de visitar uns 5 quartos, finalmente achei um que se encaixava nos critérios: preço + localização + mobília + quantidade de pessoas morando no apartamento. Além disso, eu vou poder me mudar logo (próximo fim de semana, espero)! Todos os outros eram pra janeiro ou metade de fevereiro, então isso também conta muito pra mim. Sexta-feira pego as chaves! Espero que dê tudo certo :)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Má comunicação dá prejuízo

Eis a saga da bicicleta:

Desde que eu cheguei na Alemanha eu sempre quis ter uma bicicleta. Desde que eu aprendi a andar de bicicleta eu sempre quis usá-la como meio de transporte. No Recife sempre foi impossível (por motivos óbvios). Aqui, se tem calçada, tem uma ciclovia do lado.

Me disseram que tem uma Flohmarkt (mercado de pulgas) todo final de semana onde se pode comprar bicicletas por 30, 40 euros (de segunda mão, claro - e muitas vezes roubadas). Baratíssimo. Aí descobri que um dos meninos aqui tava com uma bike pra vender (30 euros). Fui lá na casa dele dar uma olhada. Levei a bike numa loja pra trocar o banco - 25 euros, ok. Quando finalmente saio pra pedalar, me ligo que a bicicleta era enorme pra mim. Voltei pra devolver o banco.

Perguntei por curiosidade quanto era a bicicleta mais barata que eles tinham pra vender.
"Eighteen" - respondeu um dos vendedores. E foi lá dentro buscar.
Nada mal, de boa, novinha. Preço massa. Só precisava trocar o banco também.
Esperei uns 15 minutos pra terminarem de ajeitar a magrela.
E na hora de pagar:
"Eighty". Eighty? Como assim? Por causa do conserto do banco? Não, eighty era o preço da bike mesmo.

Eighty. Achtzig. Oitenta.

E deixei a loja guiando duas bicicletas.

Moral da história: confira em todas as línguas possíveis os números com os quais você está lidando. Escreva. Conte. Soletre. Mas não fiquei no prejuízo!

PS.: Eu tenho plenaeabsolutacerteza que o cara disse eighteen.

PS.: Um dia depois de comprar a bicicleta começou a nevar ¬¬

Taí a danada, guardada dentro do meu quarto por causa do furacão. Sim, furacão. Tá passando um furacão agora de noite aqui no norte da Alemanha. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ontem eu descobri do pior jeito...

... o que é uma Apotheke.

Sim, depois de 2 meses na Alemanha eu nunca tinha percebido que a tal da Apotheke (que eu jurava ser alguma marca ou sei lá) significava "farmácia".

Ontem eu consegui a proeza de arrancar uma boa parte da minha unha. Eu precisava dar um jeito no meu dedo sangrante. Entrei numa Apotheke e pedi um remédio. A mulher disse que não tinha nada que ela pudesse fazer. Nada? Nem Merthiolate? Rifocina? Qualquer coisa? O que eles fazem quando as crianças ralam os joelhos? Ah, é, eles não ralam. Porque vivem com camadas e mais camadas de roupa.
Comprei band-aid e fui pra casa.

As farmácias aqui são muito pequenas e discretas - completamente diferente das farmácias espalhafatosas e entupidas de produtos aleatórios do Brasil.

Espero não precisar comprar mais nada numa Apotheke (até porque a maioria dos meus remedinhos eu trouxe lá da terrinha, hehe).


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Harry Potter!

Então... se você gosta de Harry Potter, não tem como ir a Londres sem visitar os estúdios da Warner Bros! É realmente incrível ver tudo de pertinho. Ao mesmo tempo, confesso que é um pouco frustrante. Acaba com toda a magia do negócio, hahaha. É meio inacreditável que tudo foi realmente filmado lá. A sala comunal, por exemplo, é bem pequena. A sala de Dumbledore também.

O lugar dos estúdios é um tanto longe e é bom sair cedo. Você desce na estação de Watford Junction (e paga o bilhete do trem na volta - porque a área não tá inclusa no Oyster Card - cartão do metrô válido por 7 dias que custa 35 pounds). Bem na frente da estação tem uma parada de onde sai um ônibus exclusivo pra Warner Bros - custa 2 pounds ida e volta.

Você pode visitar a loja dos estúdios e o café sem precisar fazer o tour (ou seja, pagar). Confesso que, embora tenha muita coisa na loja, eu ainda esperava mais. Outras coisas que vendem lá também são vendidas na lojinha da Plataforma 9 3/4 e é bom passar lá antes pra comparar os preços - alguns mais caros, outros mais baratos. Outras coisas só têm nessa lojinha - como um pôster que eu comprei.

A propósito, o preço do tour é 29 pounds, ou 35 euros.

O tour começa com uma sala de cinema e uns flashesbacks de Harry Potter. Não vou falar o que acontece no final porque é bem legal e espero que todo mundo fique arrepiado como eu fiquei! hahaha. E enfim você começa a ver as coisas (sem guia, por conta própria). E sim: pode fotografar, ê! Então... seguem as fotos pra matar a curiosidade de vocês!

O ônibus que leva pros estúdios da Warner Bros. 2 pounds ida e volta!


Achei genial eles colocarem a conversão de pounds pra dinheiro bruxo na loja do tour



Loja 



Saguão de entrada


Salão comunal. Eu sei que a qualidade das fotos tão péssimas, mas eu não carrego minha câmera quando viajo e só tiro foto com meu celularzinho fubeca.



Salão comunal.

Parede com os avisos de Umbridge no 5º filme

Dormitório masculino da Grifinória


A Mulher Gorda

Foto no espelho... de OJESED. Aí pode.

AS varinhas!

A sala de Snape


Sala de Snape


Sala comunal da Grifinória


Capa da Invisibilidade


A taça e o ovo do Torneio Tribruxo

A pedra filosofal, o pomo de ouro, a placa de Sirius Black, etc.









Casa de Hagrid

Casa de Hagrid

Você pode ter aulas de feitiço (?) tipo num Wii



Sala de jantar da casa dos Weasleys


Porta da Câmara Secreta

Porta do banco de Gringotes












Comensais da morte








Ministério da Magia

Sala de Umbrigde - minha personagem menos favorita de toda a história

Os pratos com os gatos!







A famosa cerveja amanteigada é gostosa! Mas é tipo um guaraná com um creme de baunilha em cima (?). Custa 7 pounds  pra comprar a cerveja + a caneca.




O noitibus andante! Ou o Knight bus. Foi uma das coisas que eu mais gostei de ver :) 
Ele é tipo... super real! haha


Depois de visitar o túmulo de Tom Riddle original, visitei o fake - do filme.


O carro enfeitiçado dos Weasleys do segundo filme

A ponte do castelo, pois é



A casa dos Dursleys



Xadrez de bruxo! 

Isso é muito minha infância quando eu assistia meu VHS da Pedra  Filosofal dublado, haha








duendes



Fawkes






Fiquei muito surpresa quando descobri que Hagrid não era de verdade, juro. 


Lobisomem






Quando a tia de Harry vira um Balão hahaha


Dragão

Aragogue é enorme! Tamanho real do filme!



A melhor parte do tour!



Beco Diagonal

Olivaras!



Gringotes!


WeasleysWizard Wheezes








Projeto de Hogwarts

Navio da escola de Beauxbatons




Hogwarts! Com neve huhu





Mesmo sendo uma miniatura, continua sendo bem grande, hehe


A última sala do tour é uma sala com caixas de varinhas com o nome de cada pessoa que participou da produção dos filmes.



Achei fofo.





Sapo de chocolate!




Feijãozinho de todos os sabores! Eu provei o de vômito - que era tão ruim que tive que comer outro logo em seguida (um de grama, que era bom).